A primeira vez que Mano Le Tough veio para o Brasil o impacto causado pelos seus sets foi gigantesco. Até então um nome pouco conhecido no Brasil, Mano entregou sets acima da média de outros artistas internacionais que estavam em voga por aqui na época e deixou um recado muito claro: seu som chegou pra ficar.
Pouco tempo depois, não somente ele, mas também sua gravadora Maeve gozavam de uma ótima reputação em território nacional, com direito a recorde de público no showcase realizado no Warung em 2015. Para entender o sucesso desse notório DJ e produtor irlandês, é necessário dar uma reflexão rápida, porém profunda de sua trajetória.
Um de seus principais parceiros na carreira, The Drifter, é um amigo da escola. Ou seja, os dois já compartilhavam o sonho de viver de música na adolescência. Com o passar dos anos, amadureceram até conquistar os pubs de Dublin e posteriormente clubs como Panorama Bar, fabric e Printwork. Juntos, eles também encabeçam a festa Passion Beat, que já recebeu nomes como Nicolas Jaar, John Talabot, John Roberts, Ripperton e The Mole.
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Quando se mudou para Berlim, Le Tough ajudou a desenvolver uma comunidade musical mais direcionada para a Disco e a House Music, bem na contramão do hype Techno que a capital alemã atravessava. Com uma pesquisa musical afiada, se tornou especialista em criar atmosferas voltadas ao groove e ao caráter hipnótico das melodias. Funcionou não apenas no Brasil, mas em todo mundo.
O complemento de uma carreira de profundo sucesso nas pistas veio com a consistência no estúdio. Mano Le Tough lançou trabalhos memoráveis por selos do calibre de Pampa Records, Permanent Vacation, Kompakt e até mesmo Hot Creations. Isso sem falar em seu último EP pela Maeve e o excelente remix de DJ Koze para sua faixa Energy Flow, uma das espinhas dorsais de seu último álbum que ganhou status de hit após tal releitura.
A música conecta.