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A música conecta

Spice & Music | Como DJ Glen largou a junkie food depois de um jantar preparado por Nana Torres

Por Alan Medeiros em Spice & Music 01.02.2019

Quem trabalha viajando constantemente, sabe bem a importância dos momentos de lazer que acabam por tornar essa jornada menos cansativa e mais prazerosa. DJs com uma agenda mais concorrida vivem isso na pele e acabam encontrando em áreas como a gastronomia uma nova paixão.

Reuniões, reencontros ou até mesmo momentos de pura descontração são agendados para a mesa de um restaurante ou para a cozinha de um amigo. Isso faz com que essas experiência sejam cada vez mais valorizadas e até mesmo desejadas pelos artistas. A nosso convite, Glen Faedo aka DJ Glen relembra um desses momentos marcas que ele já vivenciou com exclusividade para coluna Spice&Music:

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadas, mesa e área interna

Com a palavra, DJ Glen:

Sou um cara que sempre foi frescurento pra comer. Praticamente cresci a base de arroz e frango, mas sabia que um dia isso teria que mudar. Por volta dos meus 26 anos (2012) comecei a me arriscar e experimentar coisas que sinto até vergonha em falar, como frutas, verduras e legumes. Nesse período, também foi quando comecei a viajar pra fora do país e já que estava experimentando geral fui aos poucos experimentando coisas meio loucas mexicanas e latinas, pois essas foram minhas primeiras viagens.

Em 2013 acabei me casando com uma vegetariana, o que foi muito legal pois aí comer carne era uma coisa que teria que evitar e transformaria radicalmente minha alimentação pra nunca mais ser junkie novamente. Bem no começo deste processo, estávamos numa tipo lua de mel durante uma premiação/noite de gala do universo brasileiro da dance music bacana, também conhecido como Brazil Music Conference, onde além da premiação, rolou um evento gastronômico onde os DJs cozinhavam para um restaurante lotado e minha esposa, que tinha ganho o prêmio como DJ revelação no ano, foi uma das participantes.

Eu nunca nem sequer tinha provado algum prato que ela já tivesse feito, e no caso eu deveria comer independente do aspecto ou do próprio sabor, pois havia uma pressão imensa ali – o lance da competição… se por acaso não estivesse bom, eu teria que gostar do mesmo jeito pra dar uma força psicológica ali né?

Enfim, o prato era um risotto de funghi, com damasco e castanhas que foi maravilhosamente executado e, embora ela não tenha ganho esta competição, o prato virou um hit das nossas reuniões em casa com amigos. Foi a primeira vez que comi damasco e funghi e fui assim deixando de ser junkie de um dia pro outro, mudei para o Rio de Janeiro e também tentei o vegetarianismo, porém depois de 3 anos desisti pois foi muito difícil. Churrasco de vez em quando é bem bom, pobres vaquinhas…

Atualmente conheci mais ou menos uma dúzia de países e praticamente todos os estados brasileiros. Experimentar comida é uma das coisas mais legais que se faz quando viaja, é um universo bem prazeroso e tem muita relação com a música e criatividade, além é claro da saúde. Não sou mais junkie de fato e morro de nojo de fast-food hoje em dia, prefiro até não comer e passar fome do que meter um McDonalds pra dentro. Por último, um viva as mudanças extremas da noite pro dia!

A MÚSICA CONECTA.

Fotos por Juliano Conci

A MÚSICA CONECTA 2012 2024