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A música conecta

5 capas desenhadas por BLANCAh para Steyoyoke Black que você precisa conhecer

Por Alan Medeiros em Top 5 Alataj 30.01.2017

Pouca gente sabe, mas além de DJ e produtora, nossa querida BLANCAh também manda muito bem nas artes visuais. Mais do que isso, essa é sua formação acadêmica e em outros tempos ela chegou a ministrar aulas de graduação em Floripa. As duas paixões sempre caminharam lado a lado e desde o surgimento da Steyoyoke Black, BLANCAh tem a possibilidade de reuni-las num mesmo lugar.

Por isso, o Top 5 Alataj de hoje é bem especial. A convidamos para selecionar suas 5 artes preferidas para a gravadora alemã. Ela, gentilmente, topou a missão e adicionou a lista algumas informações preciosas, imagens e comentários sobre o processo criativo. Fica a pergunta: como não amar essa mulher?

Com a palavra, BLANCAh:

Comecei a desenhar as capas da Steyoyoke Black por pura necessidade da gravadora. Nós estávamos encontrando muita dificuldade de achar um artista que se comprometesse com o trabalho. A maioria assume o trampo mas larga na metade, ou não cumpre com prazos, coisas do tipo. A dificuldade é tanta que na Steyoyoke Clássica já trocamos de ilustradores inúmeras vezes. Essa troca constante é ruim na medida em que a parte gráfica é muito importante pra nós porque desde o inicio queríamos fixar a arte com a musica. Mas fomos aprendendo no decorrer desses 5 anos a nos adaptarmos as dificuldades.

Pois bem.. foi então que diante desse problema eu disse que assumiria as artes da Black. Já que minha formação acadêmica em artes visuais me tornava apta pra assumir a bronca. Além do mais, como sou parte da família, meu comprometimento é outro: muito elevado. Foi assim que tudo começou. Sobre o processo em geral é assim: recebo a promo do artista, escuto as musicas antes e também enquanto estou desenhando para me inspirar mais ainda. Tento entender o conceito que o artista quer passar com o EP. Geralmente converso com o artista antes de começar a desenhar, mas o bom é que tenho total liberdade para criar, não preciso ficar 100% presa ao conceito, posso ser sutil e subliminar. Vamos as capas:

David Granha // Aria – O titulo do EP é Aria e de cara pensei em uma cidade suspensa. Fiz uma citadela nas nuvens. Na cidade coloquei alguns edifícios típicos de algumas cidades conhecidas como a torre de TV de Berlin, a roda gigante de Londres, o edifício da CIA de águas de Barcelona. Para completar, coloquei um pássaro como sendo o guardião dessa citadela que no fim das contas é o próprio ninho dele.

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Ran Salman // Vertigo – A capa que fiz para o Ran Salman é uma das minhas favoritas.  O titulo do EP é Vertigo e novamente brinco com as alturas e a vertigem dos ares. Lá vem os passaros novamente! Difícil escapar deles [risos]. A idéia é brincar com a redundância, um balão de pássaros guiado por outro pássaro. Há um desenho do processo que eu adoro, mostra a idéia inicial num simples esboço, o aprimoramento da idéia e depois ela pronta. É o típico caso de 1% de inspiração e 99% de transpiração

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Mallone // Beobachter – A capa do Mallone é cheia de significados implícitos. Antes de desenhar conversei com ele e ele me disse que o EP era uma homenagem ao seu falecido pai. O pai dele havia escrito um poema para ele e o poema falava sobre um corvo de 3 olhos que observava o universo lá de Marte. Então neste caso fiz algo bem literal. Gostei do resultado. Em anexo fiz um print de um pedacinho da minha conversa com o Mallone quando mostro pra ele a arte final.

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Nick Devon // Cosmos – O Nick está super envolvido em criar uma sonoridade bem própria, mergulhado no techno dele. Esse mergulho, ele associa com frequência ao cosmos e ao universo. O EP dele intitulado Cosmos é a prova disso. Decidi fazer uma criatura meio mítica sentada sob um planeta mais fulgás, como um dente de leão, e brincar com mandalas cósmicas.

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Nick Devon // Venus Landing – Esse EP é o proximo lançamento da Steyoyoke Black e está lindo. Ouvi as promos e fiquei encantada de como ele está próximo do conceito do universo e do espaço. Os títulos das musicas, os timbres que ele escolheu, as ambiências, tudo redondinho. Em uma das musicas havia um espaço em silêncio pleno que durava uns bons segundos, escrevi pra ele dizendo “UAU… fantástico esse vácuo que você criou! É como se reproduzisse o vacuo do espaço!” Ele me retornou dizendo: na verdade era um break que eu ainda não trabalhei [risos]. De qualquer modo ficou foda.  Estou esperando pra ver se vai entrar no EP esse vácuo ou não.

A música conecta as pessoas! 

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