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A música conecta

5 grandes clubs brasileiros que já fecharam suas portas

Por Laura Marcon em Top 5 Alataj 01.04.2020

Tempos de quarentena. O mundo do entretenimento deu uma pausa e nós como bons amantes de uma pista de dança já estamos morrendo de saudades de nos jogar em uma, não é? E é sobre elas que falaremos neste capítulo do nosso Top 5. 

A maioria dos nichos geográficos da música eletrônica no Brasil que se estabeleceram ao longo dos anos tem uma boa referência por trás da informação que chegava aos ouvintes daquela região desde os seus primórdios. Hoje podemos dizer que os núcleos independentes tomaram todo o país e desempenham esse papel com maestria, mas há anos atrás com certeza quem ditava as noites eram os clubs, que levavam ao público sonoridades e artistas diferenciados e guiavam novos padrões musicais de acordo com a proposta da casa.

Neste sentido, podemos citar uma quantidade significante de clubs que realmente fizeram a diferença em grandes centros e até mesmo regiões interioranas. Acontece que nem tudo são flores e muitos deles, cada um por seu motivo, tiveram que encerrar suas atividades, mas deixando sem sombra de dúvidas o seu legado, importância pela contribuição e incentivo dentro da nossa cultura eletrônica e, é claro, um bocado de saudade.

Nós poderíamos citar muitos desses lugares, porém, tratando-se de Top 5, colocamos aqui cinco desses grandes clubs que já fecharam suas portas:

Lov.e – São Paulo/SP

Nascido em 1998, o Lov.e foi um dos principais clubs na história da noite paulista, conhecido principalmente por seu pioneirismo. A casa foi responsável por popularizar o Drum’n Bass em São Paulo com uma noite dedicada ao gênero comandada pelo mestre DJ Marky. Também trouxe o funk carioca à metrópole, além de nomes como Richie Hawtin, Laurent Garnier e Anthony Rother. O Lov.e fechou suas portas em 2008.

Foto: Reprodução/Facebook

Baturité – Balneário Camboriú/SC

Se você conhece Balneário Camboriú como a Ibiza brasileira, o Baturité tem sua parcela de responsabilidade. O club funcionou entre 1980 até 2009 e foi precursor da noite na região, além de ser considerado durante anos a casa mais famosa do litoral sul do país, impulsionando, inclusive, o mercado imobiliário da cidade. Há notícias de que ele reabrirá suas portas nos próximos meses. Será?

Foto: Reprodução/Facebook

Fim de século – Porto Alegre/RS

Lendário club da capital gaúcha, o Fim de Século levou entre 1987 a 2001 um mix de sonoridades inovadoras para a cidade e região como House, Techno Drum’n Bass e Trance, além de uma pista dedicada ao Pop, Indie, Trip Hop e Rock. A casa também foi conhecida pela sua representatividade na época com relação a gêneros e preconceitos. Em 2001 o club mudou seu nome para NEO e permaneceu aberto até 2007.

Foto: Reprodução/Facebook

Bielle – Cascavel/PR

Considerado o club que mais permaneceu ativo no Brasil, a Bielle Club atravessou gerações ao longo dos seus 40 anos de existência. Fundado em 1976, a casa trabalhou com diversos estilos musicais, mas ao longo do tempo adotou a música eletrônica como seu carro-chefe. Por lá passaram os melhores nomes nacionais e DJs internacionais do Drum’n Bass, House, Techno, Trance e comercial. O club fechou suas portas em 2016.

Foto: Reprodução/Facebook

Garage – Cuiabá/MT

Club mais recente entre os citados aqui, mas com grande mérito na história de Cuiabá. Fundado em 2008 com estrutura e sound system de vanguarda, a casa inovou principalmente quanto a excelente curadoria. Por lá passaram nomes mundialmente importantes e conceituais como Seth Troxler, Joris Voorn, Henrik Schwartz, Derick Carter Trentemoller, para citar alguns. O club encerrou suas atividades em 2012.

Garage Cuiabá — Foto por: Rai Reis

[Extra] Dama de Ferro – Rio de Janeiro/RJ

Como um dos maiores propulsores da cena eletrônica carioca, o Dama de Ferro fez parte da história da Dance Music carioca por  uma década, de 2002 a 2012. O club foi responsável por levar ao Rio de Janeiro as tendências musicais a nível global, recebendo artistas nacionais  e internacionais renomados em sua pista de dança de cimento, repleta de decorações de ferro. O venue também incentivou talentos regionais que, à sua maneira, deram continuidade ao trabalho realizado pela curadoria do local.

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