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A música conecta

A música ambiente do Tempelhof invade a Troally

Por Alan Medeiros em Troally 29.05.2015

Longe das batidas Techno e House que agitam os porões e os clubs requintados do mundo inteiro, existem estilos mais atemporais, focados em proporcionar diferentes sensações para aqueles que os ouvem. Nesse quadro se encaixa a dupla Italiana Tempelhof, formada por Luciano Ermondi e Paolo Mazzacani. Depois de um brilhante álbum, intitulado Hoshi, produzido em parceria com Gigi Masin e lançado pela Hell Yeah Records, a dupla chega atré a Troally para uma entrevista e podcast exclusivo.

1 – Olá amigos, muito obrigado por falar conosco. O duo Tempelhof foi fundado em 2007 certo? Conte um pouco para nós como era o relacionamento individual com a música antes de vocês se unirem.

Olá, obrigado pela oportunidade que você está nos dando, é a nossa primeira vez no Brasil!
Bem, primeiro de tudo, eu e Luciano somos amigos de longa data. Nós começamos a tocar juntos há muitos anos em uma banda de rock indie em que eu era o cantor e guitarrista e ele era a guitarra principal. A banda se chamava “Love is the Answer”, um nome Emo adequado, não? Enfim, depois de um ano ou mais a partir de separação da banda, nos encontramos novamente no estúdio do Luciano para gravar algumas músicas acústicas que compus, e Luciano, que também é um ótimo Dj, fez-me ouvir uma faixa eletrônica ele estava trabalhando. Eramos fãs deste tipo de som, embora de formas diferentes, e para mim foi uma espécie de revelação, era como se eu estivesse ouvindo a música que eu sempre quis tocar. Então, nós começamos a trabalhar juntos em algumas outras músicas e … foi isso que aconteceu, Tempelhof nasceu nesse dia!

2 – Em 2013, vocês tiveram dois importantes trabalhos divulgados pela Hell Yeah Records. Os EP’s “You K” e “City Airport”. Conte um pouco para nós como foi o processo de criação e influências desses dois trabalhos.

Bem, aquele era um momento muito emocionante. Nós viemos de uma longa pesquisa em termos musicais, após o lançamento do nosso primeiro álbum, que foi fortemente afetado pelo rock e a música ambiente, decidimos explorar novos territórios musicais, mais ritmo que antes. Mesmo que a pista não é exatamente a nossa “xícara de chá”, nós realmente gostamos de experimentar com sintetizadores analógicos e baterias eletrônicas, deixando por um tempo o nosso passado e as principais influências, para entrar em um novo som. Após aqueles Ep, nós fez voltar às nossas raízes, mas esses registros foi crucial para a realização do som Tempelhof, como é hoje.

3 – O som de vocês é considerado mais ambiente e não tão pista. Influências das cenas Techno e House também fazem parte da rotina artística de vocês?

De Fato! Mesmo que eles não são preponderantes, temos um grande respeito pelos artistas que construíram a lenda do techno de Detroit, pessoas como Drexciya e labels como “Underground Resistence”. Falando sobre a Europa, nós certamente foram afetados pelo LFO, só para citar um, e pelos lançamentos no Basic Channel. Nossos principais influências são, provavelmente, para procurar em outro lugar, mas Techno e House, faz parte do nosso som.

4 – Fale um pouco mais sobre planos e lançamentos para o futuro.

Como você sabe, no último um ano e meio que temos estado envolvidos na colaboração com Gigi Masin, um artista excepcional considerado o padrinho da música ambiente italiana, ou melhor, da música ambiente em todo o mundo. Com ele nós lançamos Hoshi, um álbum de que estamos realmente orgulhosos. O final deste ano verá o lançamento de Tsuki, o segundo capítulo da nossa colaboração artística e, para ser honesto, nós não podemos esperar!

5 – Para encerrar, fale um pouco sobre a mensagem que a música de vocês pretende passar ao público.

Bem, algo como “real music is timeless!”. Que é, infelizmente, o contrário do que normalmente acontece no mercado musical, hoje em dia…

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