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A música conecta

Troally | Direto da Itália, Buck traz seu techno atmosférico e ambient para o nosso podcast

Por Alan Medeiros em Troally 21.12.2017

É interessante observar como a cena italiana contribui para o avanço da música eletrônica em diferentes frentes. Embora se fale muito de cidades como Berlim, Detroit e Londres, é nítido que a terra da bota também possui uma aptidão quase que sanguínea para o estilo e a prova disso é a quantidade de artistas do país em destaque na cena – Mind Against, Marco Carola, Luga Agnelli e Tale Of Us, estão aí para comprovar.

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Seja em Milão ou cidades menores como Riccione, há uma grande atmosfera pulsante em torno da dance music e isso tem ajudado a revelar novos e promissores artistas, como Buck, que já foi residente do lendário club Cocorico e é dono de releases em selos como Frozen Border, Undercut e Margot Records. Ano passado ele fundou seu próprio label, em busca de ter mais liberdade para desenvolver o trabalho. Substrato tem um foco em ambient techno e tem lançado nomes como Edit Select, Retina.it e Dorian Grey.

Recentemente, Buck lançou um novo EP pela Substrato com remixes do veterano Svreca. Altra Forma ganhou a luz do dia no último dia 8 e é mais uma prova da boa fase que vive o italiano. A nosso convite, ele assinou um mix exclusivo para a Troally e respondeu algumas perguntas para a coluna. Confira:

1 – Olá, Alessandro! Obrigado por nos atender. Daqui do Brasil percebemos que a Itália vive um grande momento na música eletrônica, com vários artistas do país rodando o mundo. Como você avalia essa fase?

Acho que a situação é muito positiva no momento, os italianos estão finalmente considerando o aspecto mais introspectivo da música eletrônica e não só o lado comercial como era antes. Tenho muitos amigos e produtores que estão finalmente recebendo certa atenção e isso é muito importante.

2 – O que você sabe a respeito da cena no Brasil? Há planos para uma tour sul-americana?

Gosto de ser sincero, eu conheço o Brasil e adoro alguns dos aspectos mais conhecidos que o tornam um país maravilhoso, mas não sou um grande conhecedor da cena musical no momento. Não estou planejando uma turnê no Brasil, mas seria muito interessante exportar nossa jornada hipnótica e poder explorar seus mundos submersos.

3 – Quão importante para o seu desenvolvimento artístico foi a cena clubber da Riccione? Fora de seus momentos de trabalho, quais são suas atividades preferidas quando está de folga?

Durante muitos anos, até 2012, tive a chance de rodar discos em alguns dos clubes mais conhecidos nessa área. Tive a oportunidade de fazer longsets de warm up e pude fazer viagens longas criando ondas sem nenhum compromisso ou qualquer dinâmica comercial. A música comercial foi menos central nos últimos anos em Riccione e eu estive lá principalmente por isso. Desenvolvi diferentes tipos de conhecimento e entrei em contato com tantos artistas e promoters da cena. Um deles foi Michele Sapio, que recebeu a segunda noite do label Substrato em Vieste no verão passado. Foi uma explosão e muito divertido tocar com meus amigos Nicola & Lino (também conhecidos como Retina.it) e Giovanni (Limo).

Costumo passar meu tempo livre fazendo longas caminhadas na natureza. Eu sempre encontro inspiração e adoro praticar algumas gravações de campo com o som que a natureza nos oferece.

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4 – Fale um pouco sobre a sua experiência como residente do Cocorico. Como você avalia o crescimento do club nas últimas temporadas?

Não acompanho o clube há anos, porque está muito longe dos meus objetivos, mas meu coração está lá obviamente. Fui DJ residente em Titilla e cada vez era como se fosse a primeira. Eu adoraria ter uma noite do label Substrato aqui futuramente.

5 – Todo DJ possui algumas “secreat weapons” em seu case. Atualmente, quais são as faixas que não falham para você?

Para ser sincero, fico mais animado com os momentos intensos na mixagem do que uma única faixa. No momento, prefiro live act, pois, na minha opinião, é a melhor maneira de expressar o que realmente sinto.

6 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

A música é minha melhor amiga, amante e minha fonte de estabilidade mental.

A música conecta as pessoas! 

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