Skip to content
A música conecta

A mistura da frieza suíça com o sangue quente sul-americano corre nas veias de Dani Casarano

Por Alan Medeiros em Troally 06.07.2017

Dani Casarano é suíço, mas possui uma relação bastante especial com a América do Sul, especialmente com o Chile. O membro da Cadenza e dono da Melisma viveu por um tempo no país da Cordilheira dos Andes e por lá criou alguns contatos permanentes. Dani, se tornou referência de qualidade dentro do cenário underground sul-americano e como já era de se imaginar, conquistou uma boa base de fãs no Brasil.

Com várias passagens pelo país, Casarano deixou sempre sua marca registrada: boa discotecagem, uma intensa seleção musical em vinil e a identidade sonora de sua gravadora. Por falar na Melisma, vale a pena destacar que o label atualmente baseado na Suíça, contribuiu muito para visibilidade de alguns talentos latinos, entre eles Felipe Valenzuela, Argenis Brito e Alejandro Vivanco – todos com recentes lançamentos pela gravadora de Dani.

Em meio a gigs na Argentina e no Uruguai, Casarano faz sua estreia no hoss club esse fim de semana. O suíço se apresenta ao lado do residente Doriva Rozek em uma noite que deve empurrar ainda mais o alcance da música eletrônica de vanguarda na região. Às vésperas da gig, conversamos com Dani. Confira abaixo:

1 – Olá, Dani! Muito obrigado por nos atender. Você possui uma relação especial com a América do Sul, certo? Fale um pouco mais sobre suas experiências no continente e conte pra gente como você está se sentindo às vésperas desse retorno

O prazer é meu! Bom, a América do sul é um ponto muito importante para mim, porque eu vivi no Chile por mais de 10 anos e toquei em quase todos os países. É legal voltar regularmente e ver seu público novamente, e claro, mostrar algo diferente a cada vez.

2 – Você é um cara que está no mundo da música há muito tempo. O que exatamente te mantém motivado? Estar na noite há tantos anos te deixou mais observador em relação a forma como os seres humanos buscam entretenimento?

Não sou fã de dizer por quanto tempo estou na cena musical, mas posso dizer que ainda me sinto muito jovem, porque DJ é um processo muito lento na cena da música underground, onde você está em constante evolução. Gosto muito do que estou fazendo, procurando música todos os dias para melhorar meu DJ set, produzindo música no estúdio e mostrando meu conceito de música com meus labels. Eu amo isso!

https://www.youtube.com/watch?v=pFlgBgDHaD8

3 – Com o avanço das novas formas de consumo de música, você enxerga que as gravadoras e selos independentes ainda exercem um papel fundamental na construção de carreiras?

Se você acredita que no que está fazendo, provavelmente sim…

4 – Como você busca diferenciar o trabalho da Melisma em relação as demais gravadoras? Ter uma própria identidade sonora é um de seus principais objetivos enquanto head do selo?

Nós não estamos tentando diferenciar Meslima dos outros labels, acho que nós temos nosso próprio conceito ou ideia sobre música, assim como os outros tem o seu.

5 – Como você enxerga atualmente a cena house/techno na Suíça? Você sente que os jovens estão procurando por algo mais profundo dentro da música eletrônica?

Sim! A Suíça sempre foi um país muito importante para a música eletrônica, há muitos clubs e lugares para tocar música. Na verdade, atualmente estamos lançando um novo EP na Melisma, de Aron, um jovem artista daqui.

6 – Quando você é um artista que alcança certo grau de reconhecimento, é natural que você passe parte do ano viajando, esperando horas em aeroportos, dormindo mal e comendo o que é mais prático. Como você faz para conciliar sua saúde mental e física, em meio as viagens?

Se você quer fazer esse trabalho por bastante tempo, com certeza você deve cuidar de si mesmo, sou fã de comida saudável, não gosto mais de comer o prático. Tiro meus dias off para me recuperar e recuperar minha saúde fazendo outras coisas.

7 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Tudo.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024