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A música conecta

Elza Soares carrega a alma da música brasileira

Por Alan Medeiros em Troally 22.02.2016

Aos 78 anos de idade e 60 de carreira, Elza Soares demonstra ter uma mentalidade artística profundamente a frente de seu tempo, do nosso tempo e tudo que possa ser julgado “contemporâneo”. A ousada curadoria de seu último disco – Mulher do Fim do Mundo, 2015 – representa muito bem isso. Ainda assim, no palco ela se supera e transcende como uma menina/mulher que tem a maior chance de sua vida: cantar para emocionar.

A paixão de Elza pela arte está estampada em seu último álbum. Ao declarar os versos “Eu quero é cantar eu vou cantar até o fim/Eu vou cantar me deixem cantar até o fim” ela torna público seu desejo e sua posição de que parar não faz parte dos planos. Que sorte a nossa.

Mais do que um potencial vocal invejável e uma presença artística raríssiam de se encontrar, Elza nos presenteia com uma fusão de estilos ousadas, ao trabalhar com samba, rock, hip hop, eletrônico e jazz, tudo ao mesmo tempo, em uma intensidade que deixa qualquer entusiasta musical sem fôlego.

Como toda boa obra artística, este último disco de Elza também possui forte apelo social. Ao decorrer de suas 9 faixas inéditas, temas como a violência a mulher, excessos, sexualidade e expressão corporal são trazidos a tona com uma sinceridade que em alguns momentos fazem as lágrimas correr de nossos olhos.

Mais viva do que nunca e com sede de palco, Elza Soares é hoje a cantora se transforma em lenda viva. Méritos a uma vida de experimentações artísticas e evolução constante. O Brasil ama e tem orgulho de você, mulher!

Música de verdade, por gente que faz a diferença!

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