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A música conecta

A pista intensa do Dark Room desembarca na Troally através de Lauro

Por Alan Medeiros em Troally 21.07.2016

Depois de ser reconhecida nacionalmente pela força de seus super clubs, Santa Catarina também tem se destacado através dos núcleos e label parties, que nos últimos anos se multiplicaram, ganharam forçam e vem apresentando uma programação formada por artistas nacionais de renome, talentos regionais e até mesmo alguns gringos.

Nesse segmento o Dark Room, festa realizada no At Home na Praia Brava de Itajaí, possui um trabalho pioneiro no formato e muito disso se deve a Lauro, que ao lado de sua equipe já trouxe nomes como Stekke, Gaturamo, Ney Faustini e BLANCAh para o club. O convidamos para um bate-papo e de quebra, ele assina a edição 86 da Troally. Música de verdade, por gente que faz a diferença!

1 – Olá, Lauro! Tudo bem? O Dark Room é um projeto referência para a cena independente do litoral de Santa Catarina. Conta pra gente como ele surgiu e quais são os principais objetivos que você tem com ele.

Olá Alan! Obrigado  pelo convite, fiquei muito feliz com a oportunidade! O Dark Room surgiu há quase dois anos através de um sonho antigo de poder fomentar a cena local trazendo artistas nacionais e  regionais que atendem ao aspecto de vanguarda.

2 – A experiência de tocar ao lado dos nomes convidados para o Dark Room certamente é muito gratificante. Entre tantos artista que já passaram pela cabine do At Home, há algum que você considera mais especial?

Sempre que escolhemos algum artista aprendemos algo novo com o que ele tem para oferecer. Posso dizer que estar com esses professores da noite é uma das coisas mais recompensadoras que pode existir na minha posição de DJ ou como idealizador do projeto. Nessa trajetória há algumas pessoas especiais, posso citar o Ney Faustini e Stekke – ambos já realizaram incríveis apresentação por aqui. Recentemente Gaturamo fez um verdadeiro show também, não poderia deixar de mencioná-los.

3 – Toda festa possui suas peculiaridades e certamente o Dark Room também tem as suas. Na sua visão, o que de melhor a pista do At Home pode oferecer ao artista?

Acredito que a pista intimista é um dos nossos diferenciais. O público também é importante nesse processo – por sua receptividade e engajamento por novas  sonoridades – ele acaba edificando em nós a liberdade de apostar em nomes pouco convencionais. Estamos sempre  em constante evolução, buscando sempre melhorar para receber novos e consagrados artistas, mas nunca fugindo de manter essa relação íntima com os frequentadores do Dark Room.

4 – Fale um pouco suas influências artísticas. Dentro e fora da música, o que te inspira?

Gosto muito de MPB, Funky e Soul. Acredito que isso me inspira a ser um artista melhor a cada dia. Labels como Perlon, Cabaret, Sudd e Strictly Jaz Unit fazem parte das minhas pesquisas. Artistas como XDB, Zip, So Inagawa e Melchior são importantes na minha formação.

Não poderia deixar de citar as belezas naturais das praias de Santa Catarina e o Warung, com sua rica história de quase uma década e meia de existência. O club é verdadeiramente o nosso patrimônio cultural.  

5 – O Brasil passa por um momento que exige cuidado quando o assunto diz respeito a finanças e investimento. Como você enxerga o momento atual dos negócios dentro da cena eletrônica?

É um momento delicado. A econômia brasileira vive um dos seus piores momentos na história e o nosso setor é um dos primeiros a serem abalados. Não se pode deixar de buscar alternativas para a situação. Entendo também que esse é o momento de valorizar os nossos artistas nacionais. Tenho observado ótimas festas acontecendo com lines ups brasileiros e isso é ótimo. 

6 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida

A soma de vários fatores: Uma história, um momento, um amigo, um lugar – a música é vida, uma linguagem universal!

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