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A música conecta

Troally | No sense, 3D, explosivo: conheça Marco Mori

Por Manoel Cirilo em Troally 31.07.2019

Falar sobre arte é sempre um papo repleto de opiniões e argumentações, isso porque é difícil definir exatamente o que pode ser considerado arte e por quê. Mesmo que existam inúmeros estudos e a construção de diferentes estéticas ao longo dos tempos, tudo continua partindo do subjetivismo, da percepção de cada um sobre uma observação feita. Porém, uma ideia unânime entre todos os apreciadores de arte é de que ela deve provocar emoção, boa ou ruim, perturbar, questionar, ser vista, papéis desempenhados muito bem pelas animações de Marco Mori.

Ele tem apenas 26 anos de idade, começou a modelar em 3D há pouco mais de um ano no curso de Mídias Interativas da Universidade de Augsburg e já conseguiu lançar seu nome para o mundo. Nascido em Lindau, uma pequena ilha no Lago de Constança na Alemanha, Marco Mori se considera um não artista, alguém que apenas encontrou na animação uma forma de se expressar, testar suas habilidades e aprender novas técnicas a cada dia.

Apesar de afirmar que até o momento não chegou a se preocupar em definir uma estética para seus trabalhos, fica clara a preferência dele pela representação satírica de figuras humanas em situações surreais, tendo conquistado para si o título de neo-surrealista pela mídia internacional especializada. Marco caminha na contra-mão dos padrões de belo e explora em seus trabalhos corpos disformes, obesos, mutilados, envelhecidos e com outras características marcantes para causar provocação e expandir os conceitos estéticos de quem se dispõe a observar suas obras.

Mesmo tendo começado a trabalhar com animação há pouco tempo, o alemão já possui uma seleta lista de clientes em seu histórico, onde figuram nomes como Gorillaz, Lil Ski, Young Thug e Kanye West, que receberam o jovem para colaborar com peças em 3D para alguns de seus clipes. Marco também segue aprimorando seu portfólio e mantém uma exposição permanente em seu feed do Instagram, canal que utiliza para lançar suas novas ideias e testar novas formas de animação, recebendo retornos diretamente do público que o acompanha.

Atualmente, Marco Mori atua como profissional freelancer desenvolvendo diferentes tipos de animação e também trabalha em sua dissertação do mestrado em andamento na Universidade de Augsburg. Ainda é cedo para dizer exatamente qual será o caminho seguido pelo jovem (não) artista, mas ao observar o alcance que ele teve em tão pouco tempo, temos certeza que a carreira dele será muito promissora e iremos acompanhar a evolução de seu envolvimento com a indústria da música.

A música conecta.

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