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A música conecta

Passado e futuro, um bate papo com Oxia.

Por Alan Medeiros em Troally 22.01.2015

Se você vai com uma certa frequência a bons clubs e festivais certamente já teve algum momento inesquecível ao som de alguma track do Oxia. Isso por que, tracks como “Domino” são um exemplo perfeito de que música boa nunca fica velha. Lançada em 2006 ela se mantém atual e sempre é uma boa pedida na pista. Nós, conseguimos uma entrevista exclusiva com Oxia, o bate papo ficou pra lá de interessante e você pode conferir abaixo.

1 – Em que momento da sua vida você percebeu que a música era a sua profissão?

Eu comecei a tocar quando era muito jovem, tinha cerca de 13 anos de idade. Eu sempre fui um jovem apreciador de música e, claro, eu imaginava trabalhar com música para ser o meu trabalho algum um dia, mas era mais que um sonho. Nunca pensei que eu estaria onde estou agora. Comecei trabalhando em uma rádio, era um programa de rádio de funk, em uma pequena estação de rádio local na minha cidade de Grenoble. E mais uma vez eu só poderia ver aquilo como um hobby, mas que a música se tornaria o meu real ‘trabalho’… Alguns anos mais tarde que eu realmente comecei a tocar em casas de techno. Com o dinheiro que eu ganhei eu comecei a comprar meu primeiro equipamento em conjunto com o meu amigo Stephane Deschzeaux, que também se juntou a mim no estúdio de rádio, alguns anos antes.

Em 94 o nosso live act, Oxia, nasceu! um ano depois que lançamos nosso primeiro disco em uma etiqueta: Ozone Records, e assim as datas começaram a aparecer também. Eu continuei meu trabalho regular até 98, e a partir desse ano eu parei de fazer tudo, e foquei somente na música e a música se tornou o meu “trabalho oficial”. Como você pode ler, tudo ocorreu de uma forma gradual, mas depois de todos os anos fazendo música, a minha profissão, e eu ainda faço com paixão e amor.

2 – Na última década, a cena da música eletrônica brasileira teve uma grande expansão. Os clubes e artistas profissionais se transformaram e nosso país entrou oficialmente na rota mundial dos grandes eventos. O que você ouviu falar sobre o Brasil?

Verdade, o Brasil cresceu muito na cena, tem muitos bons clubes e festivais. E isso já a bastante tempo. A primeira vez que toquei no Brasil foi no ano de 2001. Foi incrível, depois voltei regularmente e eu testemunhei a evolução. Infelizmente, por uma razão ou outra nos últimos 03/02 anos eu não tenho tocado no Brasil. Embora eu toco bastante na América, como: Argentina / Peru / Colômbia / Chile / …

3 – Quais são as suas influências na hora da produção musical?

Eu ouvi e ainda ouço muitos estilos diferentes, estou aberto a vários gêneros: jazz, música clássica, folclórica, bossa nova, e assim por diante. Eu amo a música em suas diferentes formas e cores. Minha primeira influência importante foi Funk, seguido de Disco e Soul. Também ouvi muito as bandas como Depeche Mode,The Cure, New Order e Italo-Disco também. Lá por 86/87 eu descobri o House e pelo início dos anos 90, o Techno de Detroit. Durante esses dias também descobri o Acid Jazz, então fui ouvindo nos os alto-falantes. E artistas/bandas como David Bowie ou Radiohead também.

Como você pode ler um monte de estilos e gêneros 🙂

4 – Há algum momento especial que você não deve pensar em destacar sua carreira e suas performances em geral?

Há muitos daqueles momentos na minha carreira. É difícil escolher um ou dois.

É claro que o lançamento do nosso primeiro EP em 95. Ele foi incrível para nós, foi lançado também em vinil! Depois também quando Carl Cox me pediu para um lançamento na Intec, em 2000. Até aquele momento eu tinha lançado apenas em nossas próprias duas labels: o Ozone & Goodlife, embora a criação de ambos os rótulos também são marcos na minha vida. Com o EP na label Intec, minha carreira internacional começou. Primeiros shows no exterior e grandes raves/festas.

Outro momento memorável é THEV, o lançamento do meu primeiro álbum ’24 heures’. Fazendo todo marketing do álbum com muito mais energia e dedicação. E isso me deu muita atenção da imprensa e trouxe minha carreira a um nível superior.

5 – Para finalizar, o que você pode adiantar de novidades para 2015?

Há um novo EP, na label dos irmãos Fanciulli. Eu fiz o meu primeiro EP para eles há pouco tempo atrás. Há também um EP de Remix de uma das minhas músicas que sairá em breve. Um remix feito por mim para o Miguel Lobo & Andre Butano para a música de ‘straight ahead’.

Existem mais projetos em execução, mas eu não posso dizer muito ainda no momento.

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