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A música conecta

Um b2b de ouro na Troally

Por Alan Medeiros em Troally 16.04.2015

Um dos pontos fortes dos clubs de Santa Catarina, é o time de residentes que cada um possui. O Terraza BC, não foge dessa linha. Entre outros artistas, Bernardo Ziembik e Guilherme Konnin estão na lista. O primeiro deles inclusive é um dos responsáveis pela produção de cada evento.

Ainda com pouco tempo de vida o Terraza BC já conquistou um importante espaço, principalmente por sua proposta e artistas que já tocaram ao longo dos últimos meses. O podcast de hoje, por exemplo, é um b2b entre Gui e Bernardo gravado em warm up para Daniel Stefanik. Na entrevista, um pouco mais sobre o trabalho de Ziembik frente a casa.

1 – Radio Slave, Nic Fanciulli, Carl Craig. Entre tantos nomes geniais que já passaram pelo Terraza, qual teve a melhor passagem na sua opinião? Porque?

Pergunta complicada essa, né?. Acredito que cada artista teve sua importância. Os três foram grandes investimentos que a casa fez, pensando em proporcionar uma ótima experiência sonora aos clientes e visando ter visibilidade nesse mercado que é tão concorrido em nossa região. Destaco o Carl Craig pela sua história e bagagem. Foi muito especial tê-lo no club. Além disso, fez um set incrível, tanto na Terraza BC quanto na Terraza Floripa. Radio Slave, assim como o Carl, é um artista muito completo. É um dos meus remixers favoritos. Nic Fanciulli é um dos caras que está mais em alta no mercado internacional e que possui uma grande quantidade de fãs. Foi ótimo vê-los tocar nessa pista que eu tanto adoro.

2 – Fale um pouco mais sobre o seu trabalho junto ao Terraza de BC.

Toco e produzo eventos há alguns anos. Após diversos eventos que fiz no ano passado, surgiu o convite inesperado para ser residente da Terraza BC e, em paralelo, trabalhar na produção de todos as festas do club. Sou fã da Terraza de Floripa desde seu surgimento, principalmente pela forma de trabalho implantada. A ideia era que a experiência criada na Terraza de Floripa fosse implantada na Terraza de Balneário, sendo eu o responsável por trazer potenciais parceiras e adequar a casa as tendências do mercado da região de Balneário Camboriú. Acredito que a grande satisfação de trabalhar nessa casa está relacionada ao trabalho em equipe, pois nossas reuniões periódicas abordam variados assuntos, fazendo com que tenhamos diversas formas de pensamento expostas e feedbacks de várias pessoas envolvidas. A partir disso, tomamos nossas decisões para os próximos eventos.

3 – Como você enxerga o momento atual da cena catarinense? O que ainda precisa melhorar?

Vejo muita gente disposta a fazer esse mercado crescer. As pessoas estão se dedicando a adquirir conhecimento, pois, apenas colocar DJs para tocar em lugares legais já não é mais o suficiente. Apesar de vivermos um momento de recessão, onde muitas pessoas tem deixado parte do seu lazer de lado, vejo que algo muito positivo surge nesse momento. Com a alta do dólar, trazer um artista internacional para tocar esta se tornando mais complicado. Por isso, muitos estão procurando apresentar um conceito inicial inovador. Vendo isso, acredito que teremos um valorização dos nossos bons artistas nacionais. Falando em melhorias, penso que é necessária a união de projetos e clubs. Somente dessa forma desenvolveremos o mercado. Uma nova geração de clubbers está surgindo e, mesmo em um mundo onde a comunicação é rápida e fácil, a falta de informação é evidente. Acredito que isso também esteja ligada à massificação atual desse mercado. Porém, com essa junção de ideias dos envolvidos nesse ramo, será possível tornar nosso público mais antenado.

4 – Como funciona essa parceria no b2b com o Konnin?

Eu e o Gui somos amigos há alguns anos e sempre estivemos juntos em festas. Já tocamos pelos menos umas 3 vezes nesse formato e sempre é bacana, pois pouca coisa é combinada. Falamos por cima sobre o que pensamos em tocar e vamos pra cabine. O legal é ver a identidade dos dois e ao mesmo tempo sentir que a progressão do set está sendo legal. O Gui toca muito house, gosta de músicas com muito hat. Eu sou um pouco mais Techno, com umas melodias marcantes. De qualquer forma, percebemos essa diferença musical e conseguimos sintonizar tudo isso. Nesse set que vocês irão ouvir, nos apresentamos na Terraza BC, tocando antes doo alemão Daniel Stefanik. Foi muito bacana sentir a energia das pessoas a cada momento da nossa construção.

5 – Para encerrar, fale um pouco mais sobre seus primeiros lançamentos.

Bom, esse é um trabalho que eu estou me dedicando há algum tempo e posso dizer que gostaria de ter mais tempo para, pois, é muito prazeroso. Estou com uma música pronta, chamada “Questions”, que sairá pela Cabana Music, em um VA incrível. Foi um primeiro passo que eu não esperava, pois estarei ao lado de artistas como: Deep Mariano, Mau Mau, entre outros. Estou também preparando um EP de duas músicas para uma nova label brasileira, que trará artistas internacionais que são grandes referências para mim. O que posso dizer é que estou muito feliz com a progressão desse trabalho e pretendo estar com uns 6 lançamentos até o final do ano.

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