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A música conecta

Um grupo sem nome? A Troally foi descobrir um pouco mais sobre a WAN

Por Redação Alataj em Troally 12.08.2014

No mês de junho de 2013 fui convidado a participar de um grupo que foi apresentado pra mim como um lugar para compartilhar as tuas pesquisas com outros djs, produtores e amantes da musica eletrônica. Confesso que não o conhecia, nunca tinha ouvido falar da WAN, mas assim que entrei vi que era um ponto em que se criava uma aproximação maior entre publico e artistas. No começo não me sentia tão à vontade para postar, pois tinha vários membros que são referencias fortes pra mim no Brasil, como Ale Reis, Max Underson, Ney Faustini entre outros. Mas com o tempo fui conhecendo a galera e dai começou a fluir. Conheci um bocado de artistas que deram uma evolução grande pra mim como produtor. Postagens, tópicos sobre acontecimentos, a paixão pelo vinil. Me senti em casa naturalmente. Finalmente depois de um tempo percebi o porquê do nome “without a name”, a musica é assim, não tem rótulos, não se pode explicar o que o som transmite e um grupo que transborda isso não poderia ter outro nome, e para começar essa sessão de entrevistas que vou coordenar na Troally, resolvi conversar com Bruno Janke, um dos criadores do grupo. Venha comigo descobrir um pouco mais sobre esse bonito projeto.

1. Bom, pra começarmos, me fala como o grupo funciona, o que realmente é a WAN?

Janke: Quando o grupo foi criado pelo Midena, eu e o Battu a gente só queria um lugar para trocar as nossas pesquisas, foi se adicionando os amigos mais próximos e cada vez mais se desenvolveu até criar esse elo de amizade entre artista e publico que tem ali dentro, quando eu vi que estava fluindo pensei em deixar sempre da maneira mais organizada possível, prezamos isso ao máximo como pode notar, a galera se respeita na hora de postar. Não adianta ter mar de postagem sem absorver ou repetir tracks sendo que a ferramenta do facebook te deixa criar isso.
Acho que perguntar sobre o que é WAN pra mim é vago, o WAN pode ser visto de várias maneiras para os membros, pra mim na musica já é um sentimento de união que foi criado, um laço entre diversas pessoas que amam a musica!

2. Vejo que vocês têm contatos fortes com nomes grandes da cena mundial, já passaram pelo podcasts nomes internacionais como DJ Umho, André Butano e o mais recente Argenis Brito, nacionais como Ale Reis, Renee, Ney Faustini, Max Underson. Como é a relação entre vocês nessa parte de buscar um nome?

Janke: Quando me reúno com a galera pra decidir o podcast sempre pensamos em convidar quem tem um laço com o WAN nem que seja uma historia, o Umho e o Argenis viraram nossos amigos no Festival Quinta Sol que teve no Green Valley, esse evento mais do que nunca marcou a união dos membros do grupo e o Ale, Renee, Ney, Max Underson sempre estiveram conosco, temos historia com cada um deles tanto na amizade como na musica, isso conta muito na hora de decidir, fica muito mais bonito e sincero.

3. Em 2012 você foi convidado a participar do RMC que rolou em Florianópolis dando uma palestra ao lado de outros grandes núcleos como Radiola, Sounds in da city, Dance Paradise e SeeOne. Como foi essa experiência pra você?

Janke: O Convite foi gratificante, Renee me ligou e nem nos conhecíamos ainda, fiquei felizaço de saber que era por causa da WAN, que tinha apenas três meses, na época, talvez nem isso e já estava conquistando um networking único entre os membros, pra mim foi aprendizado estar do lado de núcleos como Sounds in da City, Dance Paradise, Radiola que já tinham uma forma de entretenimento. Aquele dia a gente era apenas um grupo não tinha fanpage, não tinha podcast, tínhamos acabado de ganhar a identidade de marca do Bufato, foi demais!

Inclusive depois do RMC fizemos uma festa secret no diesel em Jurerê, sem line-up divulgado, onde tocou Renee, Ale Ney, Max, Dee, Doriva, Paulo foi bem legal no improviso e é ai que eu digo que existe o WAN!

4. O grupo em si foi feito para compartilhar pesquisas e gostos particulares e isso foi crescendo trazendo mais e mais pesquisadores, quais são as maiores influências do grupo na cena eletrônica tanto nacional como internacional?

Janke: Difícil essa hein, é bem diversificado as postagens. É dos artistas da Romênia a Fred P.De Villalobos a Juju&Jordash. Do Dub ao Ambient. Selos como Perlon, Workshop, Basic Channel, Soma, Ornaments, Dial entre outros. Sempre acompanhamos festivais como Dimensions, Dekmantel, Sunwaves também com certeza depois deles temos muitas novidades para compartilhar.

5. Vocês são um grupo de grandes pesquisadores de novidade e novos talentos. Há alguma promessa na cena nacional que você possa citar?

Janke: Vocês (DoNeck) são os que eu mais boto fé. Se for ver não tem pra onde ir. Não é questão de promessa, é questão de quality, de saber enxergar quem está fazendo uma parada séria. Tem os piás do TalkingFrequencies aqui de Curitiba, ainda não foi tão focado em divulgar o som. Vão chegar lá. Estão colhendo reconhecimento, estão com um som fudido, quando resolverem produzir vão causar também. Le Calve com seu EP novo me chamou atenção, com remixes do Rafael Moura, Apoena 51 e The Soul Architect ficou animal. E como eu uso o WAN como fonte de informação diante do tempo que eu tenho, talvez eu não me atente a mais coisa que esteja surgindo por aí, mas sempre que me apresentam eu faço questão, se nota quando o som tem qualidade.

6. Pra finalizar, quais são os próximos passos da WAN? Tem algum projeto em mente, algum nome para o podcast?

Janke: Estamos com a ideia de montar um selo, mas é um estudo ainda, acho que vai ser o passo mais gratificante para os membros e fãs. Sobre o podcast prefiro deixar na surpresa como sempre foi, fiquem ligados.

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