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A música conecta

Dando início a nossa parceria com o Dekmantel São Paulo, apresentamos Valesuchi

Por Alan Medeiros em Troally 13.01.2017

Encerramos a temporada 2016 com um super mix do inglês Harrison BDP, uma das grandes promessas da house music para esse ano. Após um fim tão interessante, não poderíamos começar o ano de forma menos impactante. Com muito orgulho, anunciamos hoje uma parceria com o Dekmantel São Paulo que vai resultar em 3 mixes acompanhados de entrevistas, mais alguns bate-papos com nomes de ponta do festival. Incrível, não é mesmo? 😉

O start rola hoje com a chilena Valentina Montalvo, mais conhecida como Valesuchi. Ela participou do Red Bull Music Academy em 2014 e foi um dos nomes convidados para o Boiler Room Santiago no ano passado. No Brasil, já esteve no line de festas importantes, como Mamba Negra, Colours e até mesmo no Sónar São Paulo. Valentina preparou um mix exclusivo para a Troally, focado em sons retirados de influências que não habitam no dance floor. Vamos conferir? Música de verdade, por gente que faz a diferença!

1 – Olá, Valentina! Muito obrigado por nos atender. Impossível iniciarmos essa entrevista sem citar o começo de sua biografia, que fala um pouco sobre o significado da palavra SAUDADE. Como você busca inserir esse sentimento em suas músicas?

Na verdade não comecei a trabalhar com essa ideia na cabeça. Percebi que não gostava das melodias que lembravam emoções, eram todas muito fáceis, como jingles. Fui trabalhando na busca de outros tipos de atmosferas que pudessem remeter a uma certa nostalgia, mistério ou sensação de falta de algo muito grande.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas sentadas

2 – O Chile é um país que possui certa tradição em revelar bons artistas para a música eletrônica de vanguarda. Quem são suas grandes influências dentro do país? Como você enxerga o momento atual da cena eletrônica por aí?

A cena está efervescente e crescendo cada dia com mais força. Existem muitos DJs e produtores que me influenciam muito e tenho a sorte de poder escutá-los ao vivo sempre. Meus favoritos são Diegors, Vaskular, Andrea Paz, Ayeaye, VNZO, Kamila Govorcin, los sellos Diamante Records, Discos Pato Carlos e Cazería Cazador. Além de tantos outros!

3 – Em sua música, é possível observar traços que remetem a características presentes na dance music produzida em outras épocas. Em qual frase você definiria seu som atualmente?

Saudades do ano 1999.

4 – Você já possui uma conexão muito especial com o Brasil, inclusive com apresentações em boas festas do país. O que você enxerga de diferente no público brasileiro? Quais são suas expectativas para o Dekmantel São Paulo?

Me surpreende quão ativa e viva são as pessoas no Brasil. A cena é poderosíssima, ultra profissional e com muito cuidado estético. O papel da cultura pra vocês está anos luz a frente de como nos desenvolvemos no Chile. É outra tradição no que diz respeito a tudo. Até agora, tenho tocado em festas públicas gigantes (espero que não mude com a entrada de um governo de direita na cidade). Tenho a sensação que as pessoas se envolvem com a ideia de celebrar em um lugar mais livre, relacionado com seus próprios corpos e com a dança. Cada viagem que eu fiz me trouxe uma bomba de aprendizado e boas vibrações que me tem feito crescer e ser muito criativa. Sobre as expectativas, elas são perigosas. Sempre tento mantê-las mais longe possível. Só quero aproveitar e desfrutar sempre.

5 – Ainda sobre o Dekmantel. O que representa pra você ter seu nome ligado a uma marca tão importante como essa?

Um prazer, uma honra, um desafio, uma loucura. Muito amor e muito agradecimento.

6 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Meu mistério favorito.

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