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A música conecta

Vitrola Radioshow com Giu Nunez

Por Alan Medeiros em Vitrola 02.05.2019

Poucas coisas contribuem mais para a evolução de um DJ do que a pesquisa musical. É bem verdade que sua importância se transformou ao longo das últimas décadas, perdeu força em um determinado período de tempo, mas voltou a ganhar destaque com a revolução que estamos vivendo frente as diferentes formas de consumo de música. Dentro desse panorama, o trabalho de Giu Nunez merece destaque.

Atualmente baseada em São Paulo, Giu conquistou notoriedade no cenário eletrônico discotecando disco, jazz, eletrônica e brasilidades à sua própria maneira. Sem limitar seu trabalho a gêneros, Nunez conquistou espaço para mostrar sua arte em diferentes pistas, fato esse que a tornou uma artista preparada e motivada para encarar diversas situações no dance floor. A convite de Ney Faustini, este grande talento abre seu acervo de brasilidades e comenta seu relacionamento com a cultura musica do nosso país.

Maria Fumaça, disco da Banda Black Rio, foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 38º maior álbum da música brasileira. Conheça mais aqui!

Com a palavra, Giu Nunez:

Minha relação com a música brasileira pode ter começado ouvindo meu avô tocando trompete no quarto durante a infância, aposentado do seu conjunto de músicas de carnaval, pelos shows de hardcore que eu frequentava durante a adolescência ou pelas festas que produzi em Curitiba: Like U Like, Saravá e Mira, em que eu tocava música brasileira, americana, latina, africana, europeia, etc.

Conhecer todos esses sons me fez perceber que a música brasileira não é um produto definido, é mais a ação de fazer música, basta ser feita aqui e nela podem existir coisas daqui e de qualquer outro lugar. Essa antropofagia é importante, tira a gente de um papel de país subdesenvolvido e subalterno para um papel mais dinâmico e empoderado. É a gente falando da gente pra gente mesmo em todas as linguagens, isso é muito legal, é assim que eu entendo música brasileira e me relaciono com ela.

Eu também gosto muito dos sebos e lojas de discos porque ali fica a música e a nossa história de uma forma tangível, muitas vezes porque você encontra os próprios personagens que tocaram e produziram essas músicas ou por vendedores e clientes trocando informações sobre a cultura brasileira. Entender contextos históricos e fatos importantes sobre nossa mobilidade criativa diante os acessos a tecnologias, são fundamentos essenciais para a construção e permanência das nossas identidades.

A música conecta.

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