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A música conecta

Alataj entrevista Marc Rousso

Por Ágatha Prado em Entrevistas 01.07.2022

Referência no Funk/Jackin House mundial, Marc Rousso é a prova viva de que o tempo não desgasta os laços que a música estreita em nossas vidas. Mesmo após 20 anos de hiato das pistas e estúdio, o veterano retornou ainda mais forte no cenário musical, após contribuir intensamente com a cena de Seattle na década de 90 e posteriormente se dedicar à carreira imobiliária e à família.

Foi ao reencontrar com o CDJ em um evento de casamento, que o destino musical convocou o artista novamente para imergir em um novo diagrama musical, mantendo as origens de sua assinatura. Hoje ele comanda a Charité Records, gravadora que já estreou com um poderoso lançamento de Marc, Coffee In the Morning, recebendo também artistas como Roger Sanchez. A Charité ainda possui um interessante viés social, em apoio à fundação Friends of Children-Seattle, com receita de cada um dos lançamentos destinada aos fundos da entidade.

Batemos um papo com Marc Rousso para saber sobre seu momento atual de carreira, hiato no cenário musical, gerenciamento da Charité Records, e seu mais novo single pela Charité intitulado I Wanna Dance – em colaboração com J.Fitz, e que recebe também, um remix de Roger Sanchez. Acompanhe a entrevista!

Alataj: Olá Marc, tudo bem? É um prazer conversar com você! Você ocupa o hall seleto dos veteranos da House Music americana, marcando presença especialmente no cenário do Funk/Jackin House. É possível traçar algumas das principais diferenças tanto do público, como do som propriamente, desde quando você começou lá nos anos 90 para os dias de hoje?

Marc: Estou ótimo, obrigado! Nos anos 90 fui influenciado pelo disco, hip hop e, sendo de Seattle, um pouco grunge. Minhas apresentações de hoje trazem uma variedade de sons para diferentes pessoas na multidão. O que eu amo nos shows de house music e tocar, é que não são apenas para um público jovem e sim para todas as idades que gostam de festejar e se divertir.

Marc, você passou por um hiato musical de quase 20 anos. Como foi esse processo longe das pistas e dos estúdios, e o que te levou agora a esse retorno?

A música nunca me abandonou. Na verdade, fiquei mais entusiasmado com a possibilidade de ouvir as mixagens dos meus DJs favoritos, Roger Sanchez, Sam Divine, Ferreck Dawn, para citar alguns. Soundcloud, Mixcloud, Youtube trouxeram o DJ para a vida cotidiana.

O que me traz de volta é realmente meu amor pela música e a paixão por ser DJ. Estou ansioso para continuar fazendo shows incríveis ao redor do mundo.

Você agora lidera um novo selo, Charité Records, com o segundo lançamento I Wanna Dance recém-lançado, incluindo um remix épico de Roger Sanchez. O lançamento de estreia Coffee In The Morning estava em destaque nas paradas e recebeu um grande suporte. Existe alguma direção sonora que a gravadora pretende seguir?

Para mim, é sobre sentir-se bem, músicas que fazem você querer dançar e te deixa de bom humor. A música evoca emoções e sempre me faz sentir melhor, e isso é definitivamente fundamental em todos os meus lançamentos e em todos os meus sets também.

O Charité Records também vem com uma proposta de correspondência social bem interessante, e já nesse primeiro lançamento, vocês destinarão a receita das vendas para a fundação Friends of Children-Seattle. Conta pra gente um pouco mais sobre essa organização, e o que levou vocês a escolhê-la? Os próximos lançamentos também terão esse viés social? 

Eu apoio Friends of the Children-Seattle há muito tempo, então eles pareciam uma escolha natural. Eles ajudam os jovens a ter acesso a oportunidades, apesar das barreiras sistêmicas que enfrentam na escola e na vida, fornecendo um mentor profissional para os jovens desde a pré-escola até a conclusão do ensino médio. O compromisso de mais de 12 anos que a Friends of the Children-Seattle faz com cada criança provou ser altamente impactante à medida que elas enfrentam desafios e barreiras para alcançar o sucesso. Na minha opinião, os mentores são um fator chave para o sucesso na vida. Se não fossem os mentores que me guiaram, eu não teria me tornado o homem, marido, pai e empresário que sou hoje.

A gravadora já tem uma agenda com os próximos lançamentos? Além deste incrível lançamento com Roger Sanchez, você pode nos dizer outros nomes que virão a seguir?

Em seguida, tenho outra faixa original com um artista muito especial, muito empolgado e talentoso do momento – Ferreck Dawn estará remixando a faixa, e mal posso esperar para lançá-la neste verão. Eu tenho tocado em meus sets e tenho tido uma reação incrível da pista. Ferreck é um cara tão legal e humilde. Foi incrível colaborar e tocar com ele em Miami.

O que esses artistas têm, que fez você querer tê-los na Charité?

Roger Sanchez é uma lenda cuja música eu amo há décadas – ele realmente sabe como aperfeiçoar e misturar mixagens e sons. Ele sabe como capturar esse gancho e fazer você dançar. Como um artista verdadeiramente icônico, fiquei emocionado que ele concordou em estar no selo, especialmente em um segundo lançamento. Eu gosto da ideia de Charité fornecer uma nova plataforma para uma variedade de artistas, de novos talentos a ícones estabelecidos.

E sobre o momento atual da sua carreira para além do label? Como estão as novidades, e quais são seus planejamentos futuros?

Eu acho que é trabalhar duro para lançar músicas que as pessoas gravitem e se sintam bem. Se eu fizer isso, me permitirá continuar como DJ em clubes e festivais ao redor do mundo.

Por fim, finalizamos com uma pergunta clássica do Alataj: o que a música representa na sua vida?

A música é uma ferramenta tão brilhante e poderosa – desde elevar nosso humor até nos inspirar em tantas áreas de nossas vidas. Também pode evocar memórias e nos levar de volta a certos momentos ao longo de nossas vidas. Também representa tantas coisas diferentes para pessoas diferentes, o que também é uma ótima qualidade!

A música conecta.

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