Quem conhece o som de LuizFribs hoje, provavelmente nem imagina que antes de ser um techneiro — com lançamentos por trau-ma, Nin92wo, pela italiana Autektone e IAMT —, teve um projeto voltado ao comercial. Mas é aquela velha história: nada é por acaso. Foi graças a uma pequena (e breve) experiência com as CDJs que ele pôde realizar sua primeira gig da carreira, fazendo um warm up numa festa de Techno no extinto El Club, em Goiânia, sem mesmo ter a pretensão de ser DJ.
De lá pra cá sua paixão pelo Techno só se intensificou e isso lhe rendeu até mesmo suportes de Anfisa Letyago e Deborah De Luca. Mais detalhes de como foi sua primeira experiência nas pickups você conhece agora:
LuizFribs
Ao contrário da maioria dos DJs, minha primeira gig rolou meio que por acaso [risos]. Eu já me apresentava na música eletrônica há alguns anos, mas era apenas como violinista no Violink – meu primeiro projeto na música eletrônica, totalmente comercial — e não tinha pretensões de me tornar DJ. Havia feito um curso alguns anos antes, mas com a finalidade de entender melhor o que meu parceiro de projeto fazia do que com a intenção de, um dia, me apresentar como DJ.
Como eu já estava produzindo Techno e me inspirava bastante nas produções e performances do Gui Boratto, a ideia sempre foi me apresentar como live act, mas eu ainda estava bastante crú nas produções, então os planos para me “lançar” como artista solo seriam para um futuro um pouco mais longe.
Nessa época, eu já estava mais próximo do Alex Justino e trocava muita ideia com ele, principalmente sobre produção. Então, certo dia, ele me chamou no Facebook falando que precisaria de alguém para fazer o warm-up algumas semanas depois, numa gig em que ele tocaria no finado El Club, um dos mais legais que a cena alternativa de Goiânia já teve, e me perguntou se eu sabia tocar como DJ. Falei que tinha feito um curso, mas nunca tinha me aventurado nas CDJs em frente ao público. Ele me retrucou: “Mas sabe? Se sim, bora!” [risos], então eu topei e disse que iria treinar bastante para não fazer feio.
Eu frequentava as noites de Techno no El Club há anos, era meu club favorito na cidade, então sabia da responsa já que minha estreia como DJ seria lá! Fiquei animado com o convite e logo consegui com um amigo um par de CDJ-300 e um mixer DJM-250 para treinar por uma semana, gastei dois dias para escolher as faixas que tocaria e montar a playlist e passei mais de oito horas por dia treinando… tudo isso valeu a pena.
Fui extremamente bem recebido pela pista, que não demorou a encher e dançou comigo até o fim, saí de lá decidido que, por mais que o live fosse (e ainda é) o meu foco principal, a discotecagem também teria um espaço na minha carreira, e dali comecei por conta própria a fechar mais datas para me apresentar como DJ.
A música conecta.