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A música conecta

Case | Shall Not Fade

Por Manoel Cirilo em Case 13.08.2019

Um dos principais ganhos que a globalização ofereceu à música eletrônica, além de sua óbvia maior difusão, foi a oportunidade de ver um mesmo estilo musical traduzido em diferentes estéticas dependendo da cultura em que está inserido. E, quando se fala em identidade, o destaque britânico é inegável. A terra da rainha e sua estética marcante são o berço da gravadora Shall Not Fade, que tem ajudado a redesenhar o panorama da house music contemporânea.

https://www.youtube.com/watch?v=hm6COzCAQhg

O selo de Bristol ganhou vida no final de 2015 sob o comando de Kieren Williams e o primeiro lançamento foi uma coletânea que teve todos os lucros doados à Cruz Vermelha Britânica para ajudar os refugiados sírios que chegavam ao país. Em apenas três anos de história, a Shall Not Fade tem conseguido alcance mundial com seus lançamentos e o suporte de nomes como Four Tet e Moxie.

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Kieren começou a tocar em bandas quando ainda tinha 10 anos de idade e desde os 16 já mostrava seu talento na discotecagem. A experiência artística somada ao trabalho de curadoria em diferentes labels e o tempo à frente do Motion, um dos maiores clubes da Inglaterra, ofereceram a ele todo o conhecimento necessário para criar um selo forte de ponta a ponta.

https://www.youtube.com/watch?v=DaTioxXCb_8

Desde o início, a Shall Not Fade, que trabalha exclusivamente no formato vinil, foi pensada para ser uma label global e assinar artistas de todos os cantos do mundo, unificando os diferentes pontos de vista em sua estética que beira a fantasia, contando histórias a partir de melodias profundas, sem perder a adaptação para pista com grooves dançantes. A identidade visual também ganha destaque por se contrastar à sonoridade do label e trilhar um caminho mais obscuro, com fontes pesadas e imagens carregadas de sentimentos, em sua maioria em preto e branco.

O primeiro artista a lançar um EP solo pela gravadora foi o então emergente Mall Grab, que se mantém conectado a ela até hoje. Depois dele vieram também Ross From Friends, DJ Boring, Deejay Astral, Anthony Fade, Adryiano, Steve Murphy e outros grandes nomes da nova geração da house music, confirmando a forte influência que a Shall Not Fade possui frente a esse recorte da música eletrônica, contribuindo para o fomento de seu nicho.

A autoridade do selo perante o atual momento do gênero house é tamanha que a Shall Not Fade mantém sob o seu guarda-chuva outras 4 sublabels: Steel City Dance Discs, Lost Palms, Dream Of Dystopia e Shall Not Fade White, que trabalham juntas e em ritmo acelerado para diversificar ainda mais o catálogo da label mãe. Se você é fã de house music, então essa é sem dúvidas uma label para acompanhar de perto. 

A música conecta. 

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