Sobrevoar o oceano sabendo que você irá se apresentar pela primeira vez fora de seu país de origem é um sonho para grande maioria dos DJs, afinal, quem carrega a música eletrônica no coração quer mais é mostrar sua identidade e disseminar sua música para o maior número de pessoas possível. Recentemente, quem alcançou essa proeza foi Colussi, DJ e produtor do litoral catarinense que viajou alguns milhares de quilômetros até a África do Sul, onde fechou uma gig no Truth Night Club, espaço que neste ano completou 20 anos desde que abriu suas portas pela primeira vez, em Joanesburgo, a maior cidade do país.
Logo que recebeu a notícia inesperada de confirmação, a reação foi de surpresa: “Fiquei em êxtase, demorou a cair a ficha que realmente era verdade, ainda mais sendo o headliner de um club respeitado como é o Truth”. O club tem história no país e tem sido fundamental para cultivar a crescente cena de música eletrônica do país. Por lá já passaram alguns dos artistas mais importantes do mundo, incluindo Richie Hawtin, Loco Dice, Black Coffee, Lee Burridge, Stephan Bodzin, Stimming, Marc Romboy, Dixon… Mas na noite de 17 de agosto, o headliner foi mesmo Colussi, com duas horas de set durante o peak time no Room Four, um dos quatro ambientes do club.
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Ele revela que antes da gig reservou um tempo para pesquisar sobre a cultura clubber de Joanesburgo e, ao chegar no club, também ficou de olho na pista. “Vi que o Tech House tinha bastante força por lá e resolvi apostar nessa linha. A pista recebeu muito bem meu som e inclusive recebi vários feedbacks positivos depois que encerrei meu set. Fiquei bastante apreensivo mas o resultado final foi incrível”, lembrou Diego, que não deixou de prestar as devidas homenagens à cultura do país, finalizando sua apresentação com faixas mais voltadas ao Afro House.
Nos dias seguintes, Colussi aproveitou para conhecer a cidade e conta que em alguns restaurante visitados se surpreendendo com o som: “Ouvi house music em mais de um lugar, fiquei bem surpreso”, disse ele. “Andando por lá foi incrível ver a felicidade dos sul-africanos, eles te recebem muito bem, com sorriso no rosto, mesmo em lugares mais pobres. Na rua tinha muita gente apresentando sua música, com danças típicas e trabalhos artesanais. Uma experiência única”, finalizou.
A música conecta.