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A música conecta

5 mulheres que estão dominando em 2016

Por Georgia Kirilov em Top 5 Alataj 28.03.2016

Estamos chegando no fim do terceiro mês de 2016 e muita coisa já rolou (e ainda está para rolar) no mundo da música eletrônica. A atenção para o trabalho que DJs e produtoras que se identificam como mulheres só vem crescendo e foi bem difícil tentar escolher 5 mulheres que se destacaram nesses últimos meses – contrário a percepção de muitos, o número de mulheres envolvidas na cena eletrônica é enorme, a questão é somente de visibilidade e oportunidade. Com isso em mente, aqui no Alataj gostamos de valorizar a boa música acima do gênero e fazemos um esforço constante – que honestamente vem naturalmente para nós, pois achamos que é assim que tem que ser – para destacar o que há de cativante independente do gênero. La Fleur, as meninas do DISCWOMAN, BLANCAh, Claudia Assef e Cashu são nomes que refletem o tamanho potencial de 2016 para aceitar e promover, cada vez mais, o trabalho de mulheres que tocam, entendem, produzem e consomem musica eletrônica. Girl power!

1- La Fleur:

No dia internacional da mulher La Fleur foi uma das 8 mulheres convidadas para participar de um Sound Lab do Smirnoff Sound Collective em parceria com a MixMag em Londres, Sydney, New York e Los Angeles. Durante uma hora a DJ sueca que mora em Berlim mostrou do que é capaz com sons que vão do techno para o house com uma pitada de experimental. Ela tem sua própria label, a Power Plant House, é residente da Watergate – balada icônica de Berlim – e faz tudo isso com uma leveza e feminilidade que é de admirar. Esse ano ela toca no Movement, festival de techno em Detroit e em mais de 10 países diferentes (isso só até Julho.)

2- DISCWOMAN:

Já falamos desse coletivo antes por aqui, mas Frankie, Emma e Christine (as criadoras do coletivo e booking agency) simplesmente não tem limites na sua determinação, poder criativo e garra. Esse ano elas foram protagonistas de um documentário fantástico criado pelo Smirnoff Sound Collective explorando a questão do gênero na pista e abordando questões tais quais porque tão pouco dos line ups dos grandes festivais é dedicado para mulheres. DISCWOMAN também convidou as DJs UMFANG, Volvox, TYGAPAW e DJ Haram para protagonizar o Sound Lab de NY. Elas tem planos de expandir seus eventos e esforços para a Europa e Ásia esse ano e, com somente um ano e meio de existência, demonstram que um negócio criado por mulheres e voltado para mulheres não só pode, como tem tudo para ser, extremamente bem sucedido.

https://www.youtube.com/watch?v=xtqoHTpedfY&list=PLpm_iQb-zMl7I4L_W7qhrJ51fKGi4DvKn&index=1

 

3- BLANCAh:

Patrícia Laus, mais conhecida como BLANCAh, está trazendo um orgulho sem tamanho para as mulheres brasileiras da cena eletrônica com seu reconhecimento tanto nacional quanto internacional. Ano passado ganhou o prêmio de Produtora Revelação no RMC e semana passada lançou seu novo EP, Soturno, pela gravadora berlinense Steyoyoke. Esse ano fez tour nos Estados Unidos, no México e na Europa e em cima disso tudo ainda faz o design das capas da Steyoyoke Black – dizer que BLANCAh é uma artista completa simplesmente parece pouco.

4- Claudia Assef:

Não é DJ e nem produtora por profissão (apesar de assumir a cabine de vez em quando), ao invés de dividir música somente pela pista, o faz por meio do MusicNonStop site que ela criou em Janeiro desse ano e já conta com mais de 5.500 likes no Facebook. Autora do livro Todo DJ já sambou, Claudia cobre eventos musicais, dá sua opinião e sugere música de altíssima qualidade e de diversos estilos há mais de 15 anos. Além disso tudo é mãe e mostra que dá sim para ser presente na vida das filhas e trabalhar (MUITO) ao mesmo tempo. O MNS também promove eventos no Mirante 9 de Julho, o último contou com a participação da também incrível Érica Alves.

5- Cashu:

A DJ paulista e mente por trás da incrível Mamba Negra – festa independente de música eletrônica (mas não só de música eletrônica e sim de mais do que palavras podem descrever, a Mamba é uma das melhores festas que eu já fui e vai rolar entrevista com eles por aqui logo!) Cashu deu uma entrevista incrível para a THUMP esse mês e está se destacando de forma orgânica em uma cena que não só valoriza as mulheres, mas toda e qualquer minoria. Além disso tudo, foi listada pela revista americana The Fader como uma dos 25 artistas ao redor do mundo que você precisa conhecer agora, mesmo sem produzir.

Essas 5 melhores são só algumas de muitas que estão provam que música não conhece gênero, música conecta as pessoas!

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