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A música conecta

Mergulhando em Gira Girar, faixa com raízes Umbandistas fruto da collab entre Zambelli e Maria Swenson

Inspirados pela rica espiritualidade da Umbanda e sua mensagem de amor e respeito à ancestralidade, Zambelli e Maria Swenson criaram uma releitura de um tradicional canto de Umbanda, Deixa a Gira Girar, inicialmente lançada em 1973 pelo grupo Os Tincoãs, mas que também ganhou amplitude pela voz das Três Meninas do Brasil. Agora, com a união dos dois jovens artistas, a obra recebeu uma roupagem para as pistas de dança baseada no Afro house, usando a música não apenas para reforçar a conexão de ambos com a espiritualidade, como também para homenagear e tentar desmistificar a incompreensão e o preconceito que essa religião ainda sofre no país. 

Com pouco tempo de carreira, André Zambelli já figura como um grande talento do cenário eletrônico carioca. Criado em Petrópolis, sua herança musical da família e seu interesse pelo piano desde a infância o levaram a estudar teoria musical e fizeram com que o nível de suas músicas crescesse rápido, abrindo espaço para lançar em selos como Braslive, da Sony, e Controversia, da Spinnin’. Para dar leveza e ornar a produção através da voz, Maria Swenson foi convidada por ele, uma cantora profissional que está imersa no meio da música desde os 6 anos de idade e que possui uma grande paixão pelo mundo da percussão e piano.

Gira Girar carrega todos os principais elementos da estética atual do Afro/Organic House. As linhas de piano fazem o trabalho de encantar e conectar, a voz doce e profunda de Maria dá vida e alma para a faixa, enquanto a linha de sintetizador e as percussões leves ditam o ritmo dançante da track. Lançada oficialmente no final de maio pela HUB Records, você pode conferir mais detalhes da história de Gira Girar mergulhando abaixo:

A ideia

Zambelli: Gira Girar foi uma música que nasceu de forma natural e espontânea. O processo de criação foi bem rápido. Seguramente, é meu lançamento mais importante até aqui por ser um marco na minha carreira. Ela é a primeira de uma sequência de obras que vão sair pela gravadora.

Como me identifico com a visão universalista e frequento a umbanda, produzir essa track foi uma forma que encontrei de homenagear, agradecer, desmistificar e também expandir a mensagem da umbanda e religiões afro brasileiras, agradecendo os orixás e guias que nos orientam e nos protegem durante nossa vida. Fiquei muito feliz pela Hub/Endless ter abraçado esse projeto e fazer com que a mensagem fosse transmitida.

Por esses motivos, a “Gira Girar” tem um significado ancestral e espiritual que transcende a música. Foi muito especial poder produzir a minha versão junto a Maria desse hino.

A escolha da gravadora

Zambelli: A escolha pela Endless foi uma oportunidade que visualizei como uma vitrine para o meu projeto. A gravadora estava meio off durante um bom tempo e de repente vi que estavam aceitando novos projetos de novo nesse ano. Não pensei duas vezes em enviar o material, que foi muito bem aceito, e o lançamento está sendo incrível como o esperado. Além da Gira Girar, tenho mais 5 lançamentos pela Endless, incluindo um EP. Ao meu ver, foi uma forma que encontrei de me posicionar e mostrar minha consistência perante a cena.

A grande influência

Zambelli: Os Tincoãs – Deixa a Gira Girar; Meninas do Brasil – Deixa a Gira Girar. Eu frequento os centros e me identifico com a Umbanda. Isso pesou e acabou sendo uma grande influência na hora de decidir em fazer esse som, uma espécie de legado pra mim e homenagem a essa religião que me fez e faz muito bem.

Maria: A umbanda é uma religião que me interessa, tenho tentado me aproximar dela — não só frequentando centros, mas também lendo sobre. Conheci Deixa a gira girar antes dessa aproximação com a religião e já era uma música que me acalmava, que gosto de ouvir quando estou tranquila ou querendo pensar em coisas boas. Daí veio a ideia de unir isso à vibe do Zambelli, já que tem rolado muito do afro, das brasilidades na música eletrônica, além de ser uma música com um conteúdo que ressoa com os dele.

O significado

Zambelli: Representa um grande momento para mim e, talvez, meu maior lançamento até então. Por tudo que representa, pelo significado que possui, a mensagem que ela passa… enfim, é um marco do início dessa fase em que consigo me expressar com uma identidade mais única nas minhas músicas e com o apoio e suporte de uma grande gravadora.

A pista dos sonhos

Zambelli: Em um set do Black Coffee, em Tulum, é pedir muito? (risos). Ve-la rodando o mundo em grandes festas já é mais que um sonho realizado para mim.

A música conecta.

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