Nascido em São Paulo e criado em Itirapina, interior do estado, Lutgens entrou no universo da música eletrônica há cerca de 10 anos. Inicialmente, foi atraído pelo Psytrance, mas foi a descoberta do Techno pela internet que transformou sua vida. Então, em 2017, começou sua jornada apenas com um notebook, um fone de ouvido e um sonho. Não demorou muito e ele já estava ganhando alguma visibilidade. Em 2020, destacamos seu EP na coluna Faixa a Faixa; depois, em 2021, mais um destaque, desta vez na coluna Who?, e o que aconteceu em seguida era mais do que esperado: Lutgens se consolidou como um dos nomes mais interessantes da nova geração da cena brasileira do Techno.
Com um perfil absolutamente estudioso, ele teve uma introdução sólida ao mercado e aprendeu que o caminho para se destacar exige mais do que talento: é preciso muito esforço e dedicação. Aos poucos, foi construindo sua identidade em torno de atmosferas sombrias e introspectivas, e hoje detém uma assinatura bem definida dentro do Techno, trazendo grooves, texturas e elementos melódicos para compor seu som, resultando em faixas intensas e emocionais, sempre voltadas para as pistas.
Foi isso que o fez chegar em selos de prestígio como fabric, Phobiq Recordings, Iboga e a VOLTA Records, de Victor Ruiz, com quem construiu uma relação de parceria que vai além do estúdio. Inclusive, em junho deste ano, ele lançou o seu terceiro EP pela gravadora, Resonance, que chegou a entrar no Top 10 no chart de Techno Peak Time do Beatport e arrancou suportes não só do headlabel, como também de Dense & Pika, Oscar L e Eli Iwasa.
Mas os suportes recebidos vão muito além destes mencionados acima. ANNA, em um b2b com Carl Cox no Kappa FuturFestival, deu suporte à Fénix, enquanto Sama Abdulhadi tocou Dark Echoes e Secret em grandes eventos, incluindo o Tomorrowland da Bélgica. Alex Stein também somou a essa lista com ASMR, mesma track tocada em duas oportunidades por Pan-Pot, sendo uma delas durante o Awakenings. Suportes realmente gigantes.
Além do trabalho de estúdio, Lutgens também colheu grandes resultados em cabines importantes do país. Ele encarou a responsa de um warm up para Paul Kalkbrenner no Ame Club, outro para Adam Beyer no Caos, e outro para Victor Ruiz, também no Caos, que terminou em um b2b entre eles na mesma noite, algo que poucos DJs brasileiros tiveram o privilégio e que demonstra o reconhecimento que ele alcançou na cena. “Tocar no Ame e no Caos sempre foi um sonho. Realizar isso em 2024 foi uma conquista incrível. Ver a pista cheia, as pessoas vibrando, e saber que minha música contribuiu para aquele momento foi indescritível. Gratidão define”.
Ciente de que tudo acontece no tempo certo, desde que esteja trabalhando para isso, Lutgens já está mirando em 2025 e promete manter a autenticidade como norte, apresentando lançamentos que trazem novas referências e que vão consolidar de vez sua paixão pelo Techno.