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A música conecta

Iconic | Depeche Mode – Personal Jesus [Mute]

Por Caio Stanccione em Iconic 21.01.2021

Reach out and touch faith! Olha só onde a Iconic veio parar, minha gente. A mão que escreve chega a tremer só de pensar que hoje vamos receber ninguém menos que Depeche Mode nessa coluna que preza pelo discurso barato de que naquela época é que faziam música boa, pelo o desengavetamento daquele álbum que todo mundo sabe de cor e salteado, mas não lembra quando foi a última vez que ouviu e, claro, que também preza pela rinite causada pela inalação involuntária de poeira, já que esta é parte essencial quando o assunto é saudosismo musical.

Acho que todo mundo aqui sabe do que se trata Depeche Mode, né? Mas saudosista que é saudosista gosta de ouvir a mesma coisa trinta mil vezes como se fosse a primeira, então vamos redescobrir juntos quem são esses caras. Depeche Mode é uma banda de Synthpop/New Wave criada em 1980. Lugar de Origem? Obviamente que a Inglaterra, que transbordava talentos nessa pegada Gary Numan de se fazer música. Alguns hits atemporais do Depeche Mode são: I Just Can’t Get Enough, It’ s No Good e claro, a queridinha das raves, Enjoy The Silence.

Personal Jesus deu as caras em 1989 e assim, nem vou me dar ao trabalho de falar dos hits que vieram antes, todo mundo sabe o quanto essa banda foi ativa nos anos 80. Com uma média de um álbum lançado por ano, Depeche Mode beirava algo extremo se levarmos em conta o quanto de criatividade isso requer, além dos processos de gravação e finalização, que na época eram bem mais trabalhosos se compararmos com os dias de hoje.

A faixa chegou em um EP sete polegadas – aquele disco pequeninho, sabe? – lançado através da Mute, imprint criado por Daniel Otto Miller e que talvez tenha o cargo de gravadora mais importante para o New Wave, com artistas como Yazoo, Fad Gadget, Nick Cave Featuring The Bad Seeds, New Order, sério a lista é infinita, contando com mais de 11 mil releases catalogados via Discogs.

Em um lado, Personal Jesus e do outro lado do 7″, Dangerous. Sentiu o cheirinho de sucesso, né? Essa primeira versão em 7″ vendeu toneladas de cópias, e de 1989 para cá, esse EP foi reeditado e relançado apenas 105 vezes. Cento e cinco vezes! O trabalho foi um gostinho do que estava por vir em Violator, álbum que foi lançado em 1990. 

Olha, eu tentei catalogar quantas vezes essa música foi remixada e o resultado que cheguei foi: mais do que possamos contar. Timo Maas, Dirty South, M.A.N, DJ Solovey, Eric Prydz e isso só do lado dos remixes oficiais, se você digitar Personal Jesus Remix no Google, meu amigo, minha amiga, esteja preparado pois são muitas e muitas versões.

Personal Jesus está na lista das 500 melhores canções de todos os tempos feita pela conceituada Rolling Stone e também fazer parte da lista das 100 melhores canções já feitas, que foi decidida por voto popular através da Q Magazine. Além dessas listas super significativas, a faixa figurou no topo de todos os charts em seu ano de lançamento. Estados Unidos? Número três. Alemanha? Número cinco. Itália? Número quatro. Sério, um verdadeiro furacão chamado Personal Jesus aconteceu em 1989, era A música para qualquer pessoa que gostava dessa linha de som.

E continua sendo, né? Inclusive pra mim, que sou fã de carteirinha de Depeche Mode.

A música conecta.

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