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A música conecta

Minha Primeira Gig | Ausilio Jó

Por Laura Marcon em Minha primeira gig 13.07.2021

Aos amantes das composições complexas, eis aqui um companheiro. O alemão Ausilio Jó  tem um fascínio pelas harmonias dinâmicas, ritmos descompassados, timbres nada óbvios e linhas de baixo destacadas e cheias, tudo isso combinado a uma atmosfera melódica e progressiva. Basta uma pequena passada por sua discografia e você entenderá do que estou falando. 

Envolvido com a música desde a infância, Ausilio não demorou muito para se entrelaçar com o movimento eletrônico e é hoje um dos proeminentes talentos da nova geração de produtores, impressionando o público com seu live act e também colegas de profissão com o trabalho que  vem desenvolvendo com suas duas gravadoras, Butzke Records e Sonderling Berlin. 

Seu último lançamento aconteceu na respeitada Poker Flat, gravadora de Steve Bug. O single Alem foi lançado no dia 9 de julho e apresenta uma construção dinâmica de um ótimo Melodic House, com cortes de vocais pontuais e um conjunto de percussão envolvente. Por aqui, a gente resolveu convidá-lo para nos contar um pouco sobre o começo da sua trajetória e como aconteceu sua primeira gig.

Ausilio Jó

Minha primeira aparição foi em 2017, em Viena, no Opera Club. Fiquei extremamente animado porque mal podia esperar para apresentar meu set ao vivo para uma plateia, pois havia criado com muito esforço. Principalmente no início da carreira de músico, é ótimo que a expectativa por uma apresentação seja muito alta. Eu sempre olho para trás com um sorriso no rosto. Mesmo a elaborada jornada não destruiu a expectativa. Naquela época, não me perguntava como chegaria lá ou onde dormiria. Era apenas música e diversão.

Quando entrei no clube pela primeira vez, conheci um grupo da minha idade que se esforçou muito para criar uma bela decoração para a noite. Eles me mostraram a mesa do DJ e me explicaram que  teria um show ao vivo depois de mim. O espaço na mesa não era suficiente para colocar todo o meu equipamento. Agora sei que isso raramente muda. Muitos organizadores não prestam atenção às necessidades técnicas dos artistas, com certeza aprendi isso. Quando conectei tudo com dificuldade, comecei. O clube era pequeno e o número de pessoas era administrável. Mas quem estava lá se divertiu muito com meu set.

O fato de tocar ao vivo também me rendeu respeito. Eles me bookaram de novo dois anos depois. Houve muitos aplausos depois do meu show. A alegria que senti foi avassaladora. Ainda tenho isso diante dos olhos até hoje. Claro que fiquei depois do meu set. Eu queria terminar a noite também como visitante do clube. Junto  com o pessoal fizemos uma grande festa com muita diversão. Então meu primeiro show foi um evento que nunca esquecerei. Uma boa “recepção calorosa” da cena com a qual fui capaz de construir com muita autoconfiança. Eu sou grato por isso.

A música conecta.

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