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A música conecta

Minha Primeira Gig | P.E.U

Por Laura Marcon em Minha primeira gig 03.02.2021

Preste atenção no nome P.E.U pois você escutará falar sobre ele com frequência nos próximos tempos. O pernambucano Pedro Vieira deu seus primeiros passos na carreira no cenário Techno do Brasil e já é apontado como uma figura proeminente entre produtores do estilo. Os dois últimos anos foram totalmente dedicados à criação musical e, como resultado, o primeiro EP lançado recebeu grande suporte de plataformas de download como Beatport e de artistas de destaque mundial como Victor Ruiz.

Este é só o primeiro passo de P.E.U. O ano de 2021 pretende ser de ótimos lançamentos e os releases começam quentes, com um remix a ser lançado pela gravadora brasileira Prototype nesta sexta-feira (05) e um EP pelo label IAMT Red Barcelona no dia 19 deste mesmo mês.

Mas engana-se quem acredita que a história de Pedro com a música eletrônica começou há pouco tempo. O artista é DJ há quase 10 anos e esteve inserido no cenário do Rock de Recife (sua cidade natal) desde 2008. Antes de se tornar P.E.U, ele trilhou um longo caminho com as sonoridades psicodélicas através do seu antigo projeto Ambersonic. Ele veio até a gente contar um pouco mais sobre o início da sua relação com a música e como se deu sua primeira gig. Vem ver!

P.E.U

Antes de estar envolvido na música eletrônica eu estava inserido na cena de Rock/Metal

de Recife, foi onde tudo começou. Meu primeiro show para um público ocorreu em 2008, eu tinha 16 anos. Foi num local chamado Sabor de Pernambuco, um restaurante de dia e à noite transformava-se em uma casa de festas para bandas underground da cidade. O palco nada mais era do que um conjunto de mesas do restaurante e retiravam as cadeiras para formar a pista. Lembro de estar bem ansioso e ao mesmo tempo animado antes do show, pois tinha cerca de 20/30 pessoas, o que já era bastante para mim e para o local (era bem pequeno). O engraçado é que o momento do show foi tão intenso que eu não consigo lembrar de muita coisa, apenas quando eu bati minha testa na minha própria guitarra, enquanto estava “batendo cabeça” [risos]. Doeu demais, mas eu continuei e lembro de se formar uma roda punk, aquilo ficou marcado na minha memória pois foi o primeiro feeling de como era mover as pessoas através da música.

Já como DJ, minha primeira gig aconteceu em 2012, em Olinda. Tinha recém-criado um projeto de Psytrance chamado Recmoon, postava alguns sets no soundcloud e já tinha uma certa prática com o equipamento, pois comprei um par de cdj 400 na época. Passei umas duas semanas em intensa pesquisa, gravando os cds para a festa, organizando o case, imaginando a pista e como ela reagiria ao meu set.

Minha experiência com shows e público, devido a minha antiga banda, facilitou um pouco o processo, porém lembro de uma certa “pressão” extra pelo medo de “sambar” e adivinha? Sambei [risos], mas foi um ótimo dia e ficou marcado.

O mais engraçado é que novamente estou me sentindo ansioso e animado em relação a gigs porque o projeto P.E.U foi lançado em junho de 2020, no meio da pandemia e por isso ainda não tive a oportunidade de tocar. Sinto que será a primeira vez novamente e não vejo a hora de poder voltar aos palcos.

A música conecta.

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