A cena cultural brasileira acaba de ganhar mais um coletivo: 94A. Mas este é um pouco diferente do que normalmente vemos por aí. A ideia não é produzir eventos para lucrar em cima disso ou ser uma gravadora que lança mais do mesmo; o objetivo principal é funcionar como plataforma de experimentação e encontros. O projeto vai reunir diferentes frentes criativas, sempre conectado com a cultura clubber e valorizando três eixos principais: comunidade, resistência e experimentalismo.
O coletivo vai trabalhar explorando múltiplos ângulos — comunicação, curadoria, colaborações, fotografia e cinema — sempre priorizando a criação sem limites impostos. “O coletivo em movimento é a gente não ter limite para transformar alguma ideia em expressão”, explica Abbud, idealizador do projeto. Já os eventos vão funcionar como forma de gerar movimento em torno da marca e dos artistas e profissionais que com ela estarão envolvidos. Quando houver monetização, os recursos irão voltar para a própria estruturação do projeto.
A programação inicial da 94A inclui DJ sets mensais com pesquisas musicais que representam o coletivo, playlists, podcasts e eventos gratuitos. A ideia é construir uma comunidade conectada e co-criar com outros artistas e coletivos. “Vamos em busca da autenticidade artística do coletivo, networking, buscar entender as diversas cenas que compõem esse universo e nos comunicar não só com todo o público mas com outros coletivos”, complementa Abbud. Uma gravadora está nos planos futuros, mas por enquanto o foco é consolidar a atuação como plataforma cultural.
Os pilares da filosofia da 94A também são bem claros. “O dinheiro aqui é meio, não fim. A marca existe para sustentar uma visão, não para virar mercadoria.” Abbud garante que se trata de um coletivo que busca conexões com quem se identifica com sua forma de expressão, conduzida pelo movimento e aberta à experimentação. Para ficar por dentro dos primeiros passos, siga a 94A no Instagram.