A relação do brasileiro com o futebol é algo que qualquer pessoa no planeta sabe de cor e salteado. Somos todos – ou quase todos – apaixonados por um time, onde esse amor e fidelidade normalmente foram ensinados pelas gerações anteriores. Torcer para um time é uma espécie de herança cultural, onde provavelmente o seu bisavô começou, e ele ensinou o filho dele, que ensinou o seu pai e que seu pai ensinou você a torcer. A magia do futebol!
Outra relação íntima que todos nós como brasileiros temos é com a música. A música corre em nossas veias assim como o futebol. Jogos como Tony Hawk’s Pro Skater e Need For Speed são pioneiros, assim como a franquia da FIFA que leva o mesmo nome da organização, em licenciar músicas para sua trilha sonora. Se voltarmos às primeiras versões de Fifa, músicas como Song 2 da banda de Rock alternativo Blur eram o grande destaque na trilha sonora nd jogo, mas como qualquer forma de arte, a música também é cíclica e segue tendências.
Analisando a trilha sonora do FIFA 2021, a música eletrônica está presente em quase todas as 36 músicas selecionadas. É fácil notar que a trilha sonora do game foi pensada para o maior mercado que a franquia tem, a América Latina, os ritmos latinos e caribenhos são o grande forte na playlist do jogo, porém sempre misturados com o Hip Hop moderno e o Trap, que basicamente são músicas eletrônicas por conta do processo de criação através de sintetizadores e drum machines. O destaque aqui fica por conta de Me Gusta, música da brasileira Anitta com Cardi B e Myke Towers.
Em se tratando de músicas de pista, podemos encontrar o remix que The Blessed Madonna fez para Love is Religion de Dua Lipa, uma mistura entre o House e a música comercial. O Afro House se faz presente através de Scatter do cantor nigeriano Fireboy DML. O Deep House de Park Hye Jin em Like Thistambém foi selecionado para a playlist de FIFA 21, além do downtempo de Biig Piig em Don’t Turn Around. É de fácil percepção que os responsáveis pela seleção musical do game ouvem seus consumidores, entendendo que as novas gerações preferem consumir a música eletrônica em suas diversas formas do que o Rock e o Rap que antes dominavam as playlists da franquia.
A música conecta.