Gui Wittckind começou 2025 com o mesmo ímpeto que o fez ganhar destaque no último ano: entregando música de qualidade e conquistando espaço em labels de respeito. Com dois lançamentos em sequência neste início de ano, um pela Moon Harbour e outro pela Club Sweat, o brasileiro deu passos importantes para se posicionar no cenário como mais um produtor nacional a ficar de olho.
A primeira investida veio no dia 14 de fevereiro com o EP Baila, lançado pela Moon Harbour, gravadora comandada por Matthias Tanzmann. O trabalho, inclusive, marca o início de uma nova série no selo, Moon Harbour Traxx, dedicada a faixas voltadas especificamente para as pistas de dança — méritos para Gui por ter sido o estreante. O EP apresenta três faixas originais: Baila, que combina uma linha de baixo potente com nuances tribais e um toque latino; Houser, que traz um groove profundo e um vocal bem House como elemento principal, e Sauce, que tem uma construção mais minimalista, uma linha de baixo cheia e mistura vocais sussurrados que funcionam muito bem juntos.
Gui disse que as músicas desse EP foram produzidas individualmente, sem pensar muito em serem lançadas juntas. “Me surpreendi quando o Matthias Tanzmann se interessou pelas três”, diz. “Produzi elas em épocas diferentes, cada uma com uma pegada. Quis trazer uma identidade mais ‘club’, para tocar e fazer a galera dançar, sem muita enrolação, direto e reto. Fiquei muito feliz em ser o primeiro produtor a lançar nessa nova série do selo, é um passo muito importante na minha carreira”.
Já na última semana, dia 7 de março, chegou a vez de Lestalk, single que integrou o VA da Club Sweat, um dos selos de House mais prestigiados, por onde já passaram nomes como Purple Disco Machine, David Penn e Yolanda Be Cool. Lançar na label australiana já era um objetivo pessoal do artista, mas ele ainda foi surpreendido com um suporte do The Martinez Brothers. “Quando fiz essa música, quis me inspirar em uma linha mais pista. O bass foi uma das ideias centrais, algo bem clean e dançante. O vocal veio como a cereja do bolo. Já testei ela em algumas festas e a galera curtiu muito. E com o suporte do The Martinez Brothers, entendi que eu tinha acertado”, conta.
Com influências que passeiam entre House, Techno, Hip-hop e até mesmo Rock — na adolescência chegou a fazer parte de uma banda —, Wittckind tem mostrado versatilidade na construção de sua identidade. Seus lançamentos anteriores por CUFF e Mood Child já indicavam esse caminho, e agora, com a Moon Harbour e Club Sweat no currículo, ele se aproxima ainda mais do que chama de sua assinatura sonora, conectada diretamente com as raízes da House Music.