Foto de capa por Edinaldo Pires
Por conta da globalização, do amplo acesso à informação e a disseminação da música eletrônica, existe hoje uma vasta gama de artistas trabalhando com essa temática. Essa pluralidade tem revelado, em velocidade acelerada, muitos talentos, pessoas que estão há anos dedicando-se à essa arte e outras que começam e rapidamente e se sobressaem. É inegável, o mercado fonográfico segue cada vez mais dinâmico e farto, o que torna a busca pelos highlights cada vez mais acirrada.
Bruno Augusto Bignotto se encaixa no primeiro grupo, já que entrou muito jovem nesse universo. Foi pela produção de eventos e no frequentar de festas em clubs e raves que tomou gosto pela simbiose das produções musicais. Viveu algumas fases marcantes, como a do Techno na troca das décadas 90/00 e também o Minimal, soma essa que o levou a criar o projeto Oblivion, em 2008, em parceria com Vitor Munhoz. O projeto que rendeu à dupla posições de destaque nas charts da época encerrou-se em 2012. Naquele momento, Bruno optou por uma pausa nas atividades para experimentar, ou, em suas próprias palavras ‘amadurecimento musical’.

Essa fase foi fundamental para dar start ao novo em 2018. Desde então vem trabalhando com sonoridades progressivas e melódicas em seu novo projeto Oagora, que remete justamente ao seu momento presente na música. De lá pra cá, soltou muitos releases interessantes e avançados como o caso de Baw, Neo Geo e Soul. Seu novo EP Amor em Essepê foi lançado pela MIR Music, gravadora espanhola também focada no Progressive.
O EP encontra-se há pelo menos duas semanas no top 100 Hype de Progressive House do Beatport e teve Bounty Hunter na 37ª posição e Amor em Essepê na 39ª, uma conquista marcante para qualquer artista, considerando a dinâmica dos releases na plataforma. As duas faixas enfatizam, segundo o autor, o groove com baixos percussivos equilibrados aos synths e arpejos melódicos.
Ouça:
A música conecta.