Marea Stamper, DJ e produtora americana que atende pelo nome mundialmente famoso The Black Madonna, é notadamente ativista dos direitos das mulheres, da comunidade LGBTQI+, além de uma religiosa devota que há muitos anos faz questão de se manter ativa em seus posicionamentos enquanto influenciadora em nível global. O nome artístico que utilizou em seus mais de 20 anos de carreira é, para ela, uma homenagem à sua relação com o catolicismo, o qual defendeu em mais de uma ocasião em veículos da imprensa.
O nome já vinha causando desconforto e era motivo de críticas pela comunidade negra há alguns anos por ser considerado ofensivo e caracterizar apropriação cultural. Sendo assim, o artista Monty Luke decidiu contactar Stamper para que ela reavaliasse seu posicionamento e mudasse o pseudônimo. Sem resposta da artista, ele criou uma petição online chamada The Black Madonna: It’s Time To Change The Name (em português, “está na hora de trocar o nome”), onde enfatiza que ele “tem significado para católicos em todo o mundo, mas especialmente para católicos negros nos EUA, Caribe e América Latina. Além disso, o Santuário da Black Madonna de Detroit tem sido uma figura cultural importante para muitos interessados na ideia do feminismo negro e da autodeterminação nos últimos 50 anos.”
Tão logo a petição passou a circular e receber grande apoio, Marea se posicionou em suas redes sociais informando a mudança do nome para The Blessed Madonna: “Meu nome artístico tem sido um ponto de controvérsia, confusão, dor e frustração que distrai coisas mil vezes mais importantes do que qualquer palavra única nesse nome”, afirmando ainda que estamos vivendo tempos extraordinários e que todos nós devemos fazer nossa parte para alcançar mudanças positivas.
Luke respondeu a artista na página da petição agradecendo o apoio pelo esforço. “Esta é uma questão sutil e um pouco complexa, mas fico feliz em ver que ela foi finalmente resolvida. Incentivo todos os que apoiaram isso a continuarem conscientes e informados sobre esse problema e os muitos outros que atualmente afetam nossa cena musical. Acima de tudo, continuem conversando um com o outro para que possamos ganhar mais entendimento.”
A música conecta.