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A música conecta

Papo de Estúdio | deGust fala sobre a utilização do minilogue na produção musical

Da regência de coral para a produção de música eletrônica. Gustavo Bassani Petry, o deGust, tem uma proximidade com a música que vem de muitos anos, já estudou violão, canto, percussão, piano e inclusive trabalha com produção de trilhas sonoras voltadas para o teatro. Em 2016, começou a explorar então os caminhos da música eletrônica, iniciou no Downtempo, passou para o House, experimentou o Tech House e mais recentemente descobriu o Techno.

Foi então que no início do ano lançou a faixa Basement Ceremony, pela Prisma Techno, gravadora que abriu portas e lhe deu uma nova oportunidade assinando o EP Cosmic Arena, que saiu no início de novembro.

Agora no pós-lançamento, o artista tem divulgado alguns vídeos falando sobre os detalhes por trás das três faixas originais do seu trabalho pela Prisma, tudo sendo disponibilizado no seu IGTV. Aproveitamos então esse momento de compartilhamento de insights e o convidamos para falar um pouco sobre o Korg Minilogue, equipamento bastante utilizado na produção das tracks:

deGust

Acredito que hoje existem plugins que conseguem simular muito bem o som analógico, mantendo a fidelidade e a qualidade do resultado final. Porém, depois que adquiri um sintetizador – o minilogue – meu processo criativo mudou bastante. Passei a entender mais sobre síntese sonora, sobre as waves, a combinação delas, LFO e etc. O simples fato de me aprofundar em apenas uma ferramenta já ajudou bastante. É aquela velha história do menos é mais, quando temos poucas opções, o que nos resta é tirar o melhor daquilo que temos.

Não vou entrar aqui na questão Digital x Analógico. Acho que o meu ponto principal é o simples fato de que as controladoras (ou o próprio mouse) não conseguem ainda suprir a versatilidade que o hardware nos traz: temos todos os parâmetros à nossa disposição simultaneamente. Com o mouse temos apenas um (o clique) e com as controladoras temos vários, mas dificilmente todos. Para mim isso se tornou muito valioso no sentido de que as vezes é um micro detalhe que faz toda a diferença no timbre final ou até na probabilidade de descobrir um timbre único. 

A desvantagem que tenho enfrentado com hardware é na questão de arranjo.  Muitas vezes acontece de eu querer voltar atrás para alterar alguma coisa, e como a linha já está gravada em áudio, a única solução é regravar e/ou tentar corrigir com algum plugin se for possível. Mas tenho conseguido ser mais assertivo na medida que vou me acostumando com esse processo.

A música conecta.

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