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A música conecta

Secret Files 019 | Megatronic

Por Alan Medeiros em Secret Files 11.12.2024

A história da DJ e produtora musical Megatronic é uma daquelas que se tornam profundamente interessantes pela forma que sua vida se desenvolveu. Envolvida com a música há mais de 20 anos, ela fez parte do grupo electro pop Black Cherry, com quem viajou o mundo e se apresentou em festivais como Glastonbury, SXSW e Balaton Sounds. Em 2013, uma guinada profissional a trouxe para música eletrônica e fez desta cena o seu foco principal de trabalho. 

Neste mesmo período ela se mudou para o Oriente Médio, onde passou a organizar festas assumindo um papel também de enfrentamento e pioneirismo feminino na região, visto que a cena por lá foi historicamente dominada por homens. Além dos eventos, seu trabalho no estúdio começou a captar a atenção de gravadoras importantes dentro da cena Disco e House, como nos casos da Remedy, Nikodemus, Feedasoul e principalmente Razor-N-Tape, que abrigou alguns de seus principais releases até aqui, incluindo o EP Do I Belong To You

Em Novembro pela Paradise Sound System, Megatronic recebeu um remix do aclamado produtor Bosq para a sua faixa Nazo. No fio deste release, a convidamos para compartilhar uma seleção especial de faixas que funcionam como suas armas secretas na pista de dança. 10 músicas que ilustram sua identidade como DJ:

Rampa, Sparrow & Barbossa – Champion

Essa faixa é pura energia! A produção é insana… soa literalmente como a música da África Ocidental que meus pais tocavam em casa quando eu era criança, mas com um toque moderno e a vibe do Carnaval de Notting Hill.

Gospel House Choir – Angels (2fox Remix)

Crescendo frequentando a igreja, eu sempre orava com músicas que soavam assim. Já usei essa faixa para encerrar tantos sets incríveis. Todo mundo adora cantar junto, as letras são tão inspiradoras!

Tony Touch, Pablo Fierro – Sacude

A primeira vez que ouvi essa faixa foi em um set do Louie Vega. A pista enlouqueceu completamente. Desde aquele dia, essa música nunca falhou em trazer energia para qualquer lugar.

Emmanuel Jal, FNX Omar – Kuar 

No início do meu segundo ano morando em Dubai, consegui uma residência em um dos clubes mais legais, o Barbary (Legacy). Eu estava profundamente apaixonada pelo Afro-house, quase obcecada. Seis anos depois, essa faixa ainda provoca a mesma reação na pista de dança – tanto em mim, quanto no público.

Megatronic – Nakam 

Nakam foi minha primeira tentativa real como produtora no mundo do Afro-house. Criar uma música feita exclusivamente para a pista era algo novo para mim, mas como DJ, disse para mim mesmo que devia tocar mais músicas minhas nos sets. Até hoje, Nakam continua surpreendendo.

Kim English – Nitelife

Eu adoro uma boa cantoria, essa faixa era tããão gigante quando eu era um jovem raver. Eu e minha irmã cantávamos isso uma para a outra. Tudo nela – as letras, o beat com uma vibe tão londrina – é icônico. A primeira vez que ouvi foi na compilação LOCKEDon do Todd Edwards. Recentemente descobri o remix jazzístico do Masters at Work. Ambas as versões ainda funcionam muito bem nas pistas.

Dam Swindle, Jungle at Night – Call of the Wild 

Essa foi minha faixa favorita por todo o ano de 2022. Amo o build-up dos congos com o ritmo no estilo carnaval. Honestamente, essa música faz a pista dançar com muita paixão. O breakdown com o Juno funky é uma obra-prima!

Barbatuques, Pablo Fierro – Baianá

Essa versão tem tanto sabor! Pablo sabe exatamente como prender a atenção da pista com um ritmo cheio de estilo. É só começar e as pessoas já começam a balançar os ombros e soltar o rebolado. Amo mudar a vibe dos sets com os hits dele.

The Source, Candi Staton – You Got The Love (New Voyager Radio Edit)

Sinceramente, uma das formas mais emocionantes de encerrar um set. Amo finais emocionantes às vezes e essa música ainda ressoa de forma poderosa. Sempre me faz querer estar nas pistas de dança, cercada de amor.

Kings of Tomorrow – Finally (feat. Julie McKnight) 

Acho que comprei uma coletânea de pacha em CD depois de ouvir minha irmã mais velha tocando isso SEM PARAR quando eu era mais jovem. Sempre senti que isso era clássico e eu estava certa. Essa faixa ainda chama a atenção na pista de dança, adoro a maneira como ela estende o groove que ainda continua presente.

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