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A música conecta

13 clássicos para entender a essência do Trance old school

Por Alan Medeiros em Trend 06.08.2024

Os principais pesquisadores do mundo indicam House e Techno como as bases da música eletrônica de pista contemporânea. Mas, ao lado desses dois titãs criados nos Estados Unidos, um movimento Europeu também exerceu um grande papel de influência na Dance Music como um todo desde meados dos anos 90. Estamos falando do Trance

As raízes do Trance remetem a referências semelhantes às que serviram como influência para o House e o Techno em Chicago e Detroit desde o fim dos anos 50, 60 e 70. Mas, como um movimento diferente, outros pontos essenciais foram desenvolvidos, como um foco muito mais amplo no aspecto progressivo e também uma conexão mais clara com a psicodelia. Depois de um caldeirão de referências emergir na década de 70, os anos 80 foram essenciais e mais conclusivos para a construção do estilo como conhecemos hoje, tendo no grupo britânico KLF um de seus principais propulsores e provocando conexões e somas interessantes entre o Techno e o Acid House.

Nos início dos anos 90 o Trance iniciou um processo de expansão pela Europa, especialmente na Alemanha e na Holanda. Artistas como Paul van Dyk, Cosmic Baby, Sven Väth, Orbital e Jam & Spoon ajudaram a traduzir o estilo para as massas numa escalada que o levou ao seu auge de popularidade na segunda metade da década. Daí em diante, todo gênero se tornou muito mais multifacetado, com diferentes linhas dentro do próprio e estilo, algumas delas distantes entre si.

No Reino Unido, DJs como Paul Oakenfold, Sasha e John Digweed o somaram a referências mais clássicas do House de Chicago para fundação do que hoje conhecemos como Progressive House – toda uma escola foi desenvolvida e expandida a partir daí. De volta à Holanda, o estilo se tornou um fenômeno social de popularidade de alçou ao mainstream como protagonista no processo de definição da identidade de pista do país. Neste mesmo período, sucessos de ATB, Robert Miles, Faithless e Underworld globalizaram o movimento, com forte adesão em Ibiza e Nova Iorque, além de outras cenas emergentes como Austrália, Suécia, Dinamarca e África do Sul.

Capitaneado por Tiesto e Armin Van Buuren, o Trance se tornou ainda mais pop no começo dos anos 2000. Havia uma grande procura de gravadoras por produtores do estilo para produzirem remixes para grandes trabalhos de cantores e bandas com grandes bases de fãs. E talvez, seja com faixas dessa época que o Trance se tornou mais característico para o grande público. Em maio de 2001 foi ao ar a primeira edição do lendário programa A State of Trance e o início da consolidação histórica da Armada Music. No mesmo período, Above & Beyond remixou Madonna, Tiesto tocou na abertura das Olimpíadas de Atenas e festivais pela Europa começaram a reunir, regularmente, mais de 30 mil pessoas por edição.

Embora a importância desse período seja inegável e tenha servido inclusive de base para a EDM como conhecemos hoje, há um conjunto de obras maravilhosas do estilo, lançadas no fim dos anos 80 e ao longo dos anos 90. Até mesmo produções dentro de uma linha mais comercial envelheceram bem e podem ser resgatadas para as pistas na atualidade. Na coluna Trend de hoje, selecionamos 13 faixas que estão entre as nossas preferidas para entender a essência deste Trance old school:

A música conecta.

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