O ano começou quente para a crew da Cocada! A label de Leo Janeiro realizou duas novas boat parties na cidade maravilhosa, uma no dia 13 de janeiro e outra no dia 02 de fevereiro, finalizando com sucesso uma temporada de eventos em alto mar. Logo em seguida, lançou o primeiro EP de 2024, Onda Frisson, com faixas assinadas por Ubaruh e Castello Branco, além de remixes por Yuksek e Xique Xique. Vibe boa de nu disco somada à alta dose de groove com texturas deliciosas para dançar, perfeito para os dias quentes que vivemos.
Leo conta que apesar de ter “desacelerado” o ritmo no ano passado por conta de alguns ajustes na label, 2024 deve ser bem mais agitado em geral, com mais lançamentos, festas e até uma nova área de merchandising. Ainda para este primeiro semestre, ele adiantou: “Teremos alguns lançamentos como o Caju Sessions, Processman e algumas collabs interessantes que ainda não posso falar, mas que terão aquele gostinho irresistível do Cocada. Queremos continuar nosso trabalho de juntar artistas e pessoas em volta do projeto, com todo mundo feliz e fazendo o que gosta. Acho que esse é o lance de ter uma label”. Em paralelo a isso, vale destacar também a curadoria foi liderada pela crew em algumas quintas-feiras no ALBA, um restaurante contemporâneo localizado num casarão centenário no Botafogo.
No entanto, o que realmente marcou o verão da label e deu o sopro de energia e refrescância para os projetos desenhados para este ano foram as edições do Cocada Boat. As icônicas festas realizadas em alto mar na Cidade Maravilhosa, além do cenário ideal para os dias quentes desta temporada, também ofereceram combustível para ferver as pistas, levando à bordo Jkriv, Paulete Lindacelva, The Checkup, Tropicals, Carol Mattos, entre outros artistas incríveis
A verdade é que o Rio tem presenciado um bom momento da cena, com cada vez mais iniciativas em prol da música eletrônica. Inclusive, Leo reforça que a cidade sempre foi um berço cultural importante do país, mas que hoje percebe uma ótima diversidade musical e, consequentemente, muita gente nova surgindo. “Gosto muito deste mix das gerações juntas. Eu vejo que a turma corre meio junta. Evidente que é uma percepção minha no dia a dia, mas tem muita coisa legal nascendo na cidade e ganhando força”, destaca.
Porém, ao mesmo tempo, ele demonstra uma certa preocupação sobre o equilíbrio artístico e financeiro do mercado, principalmente levando em consideração a questão dos altos cachês de artistas no Brasil. “Me parece que já vi este filme antes — e todos sabemos o final. O custo alto disso me faz pensar que vai ser preciso uma reorganização para não pressionarmos as pequenas iniciativas como festas e núcleos novos, que são a base de tudo”. É por isso que a Cocada deve valorizar cada vez mais os artistas locais, trabalhando a comunidade que está sendo formada de maneira orgânica e saudável, sem deixar de arriscar e criar coisas novas.
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