A desconstrução de rótulos tem se tornado cada vez mais comum na indústria da música e aberto espaço a uma maior fluidez dos artistas, que passam a caminhar por diferentes gêneros, sem se prender a um único estilo. Um ótimo exemplo disso é o trio gaúcho Supervão, formado pelos amigos Mario Arruda, Leonardo Serafini e Ricardo Giacomoni, que desde 2016 se conecta ao público com sua proposta sonora desconstruída e dançante.
Technopunk, Electroindie e Neu Tropicália são os pilares sobre os quais a Supervão constrói sua identidade musical, misturando solos de guitarra, beats eletrônicos e vocais expressivos que traduzem os modos de existência contemporâneos, para formar um som psicodélico e cheio de texturas. O trio lançou recentemente o single Sol do Samba e contou pra gente sobre seu processo criativo na coluna Faixa a Faixa:
“Sol do Samba foi criada sobre o eixo da sociedade atual, onde coexistem culturas hiper tecnológicas e culturas tribais, construindo modos de vida que misturam éticas ancestrais e futuristas. Ela surge entre o niilismo das redes sociais e a cosmogonia da dança que pode acontecer na pista ou na rua. Talvez um recorte que ajude a imaginar isso seja uma rave com shows em um lugar abandonado no período de carnaval brasileiro”.
+++ Confira novamente o faixa a faixa do EP de remixes de Ansiedade na Cidade da Catavento
A música conecta.