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A música conecta

Minha Primeira Gig | Reelow

Por Manoel Cirilo em Minha primeira gig 18.06.2019

Filho da cena clubber de Budapeste, o DJ e produtor Reelow possui em seu DNA um talento especial para a produção de sons dançantes que incendeiam a pista. Dividindo-se entre o house e o techno, com fortes influências do jazz, soul, break beat e hip hop, o húngaro conquistou a atenção dos principais clubes da Europa e atualmente mantém residência em Barcelona.

https://www.youtube.com/watch?v=3Bo5rRAKzZ4

Se o sucesso de Reelow nas pistas é algo notável, dentro dos estúdios a realidade não muda muito, já que o artista possui em seu portfólio lançamentos por selos como Snatch!, Deeperfect e Yoruba Grooves. As vésperas de seu novo EP High You Feel pela Desolato convidamos para contar como foi sua primeira experiência profissional no comando das pick ups, que aconteceu há mais de 15 anos. Confira:

“Olá amigos do Brasil! Deixe-me contar a história da minha primeira gig ‘profissional’. Faz um bom tempo, talvez 15 anos. Tive uma sensação estranha ao pensar sobre isso, o tempo voa. Essa gig foi no meu país natal, Hungria. Cresci na zona rural, mas me mudei para a capital cedo. Toquei a minha primeira vez no principal club da capital, Dokk. Naquela época, aquele clube era o número 1. Sound system incrível, poderia abrigar 3000 pessoas. Imagine o quão nervoso e animado eu estava, não sei nem como eu fui contratado por aquele clube sendo tão novo.

Comecei a tocar com decks, mas era tão difícil de carregar, tive que começar a usar CDs na Pioneer CDs 100. Era tão difícil tocar com ela, mas de alguma forma sempre funcionou. Cheguei no club 1 hora antes do meu set, mas fiquei preso no banheiro por 25 minutos, a porta quebrou. Finalmente consegui chegar a cabine, abri meu case, que estava cheio de CDs e suas capas. O que aconteceu? Eu, o estúpido garoto nervoso, deixei cair meu case no chão com todos os meus CDs. Encontrei 2-3 CDs funcionando, então comecei a tocar aleatoriamente. Não faço ideia de como, mas o set foi melhor do que eu imaginei.

Esqueci tudo que aconteceu e foi uma virada de jogo. Aquela noite me deu a sensação de que, aconteça o que acontecer, você pode confiar na música, porque ela vai te encontrar, ao invés de você achar que vai encontrar a música certa. Paz, amor e house, people! Espero vê-los em breve!”

A música conecta.

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