Filho da cena clubber de Budapeste, o DJ e produtor Reelow possui em seu DNA um talento especial para a produção de sons dançantes que incendeiam a pista. Dividindo-se entre o house e o techno, com fortes influências do jazz, soul, break beat e hip hop, o húngaro conquistou a atenção dos principais clubes da Europa e atualmente mantém residência em Barcelona.
https://www.youtube.com/watch?v=3Bo5rRAKzZ4
Se o sucesso de Reelow nas pistas é algo notável, dentro dos estúdios a realidade não muda muito, já que o artista possui em seu portfólio lançamentos por selos como Snatch!, Deeperfect e Yoruba Grooves. As vésperas de seu novo EP High You Feel pela Desolat, o convidamos para contar como foi sua primeira experiência profissional no comando das pick ups, que aconteceu há mais de 15 anos. Confira:
“Olá amigos do Brasil! Deixe-me contar a história da minha primeira gig ‘profissional’. Faz um bom tempo, talvez 15 anos. Tive uma sensação estranha ao pensar sobre isso, o tempo voa. Essa gig foi no meu país natal, Hungria. Cresci na zona rural, mas me mudei para a capital cedo. Toquei a minha primeira vez no principal club da capital, Dokk. Naquela época, aquele clube era o número 1. Sound system incrível, poderia abrigar 3000 pessoas. Imagine o quão nervoso e animado eu estava, não sei nem como eu fui contratado por aquele clube sendo tão novo.
Comecei a tocar com decks, mas era tão difícil de carregar, tive que começar a usar CDs na Pioneer CDs 100. Era tão difícil tocar com ela, mas de alguma forma sempre funcionou. Cheguei no club 1 hora antes do meu set, mas fiquei preso no banheiro por 25 minutos, a porta quebrou. Finalmente consegui chegar a cabine, abri meu case, que estava cheio de CDs e suas capas. O que aconteceu? Eu, o estúpido garoto nervoso, deixei cair meu case no chão com todos os meus CDs. Encontrei 2-3 CDs funcionando, então comecei a tocar aleatoriamente. Não faço ideia de como, mas o set foi melhor do que eu imaginei.
Esqueci tudo que aconteceu e foi uma virada de jogo. Aquela noite me deu a sensação de que, aconteça o que acontecer, você pode confiar na música, porque ela vai te encontrar, ao invés de você achar que vai encontrar a música certa. Paz, amor e house, people! Espero vê-los em breve!”
A música conecta.