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A música conecta

non-blasé – Conheça o trabalho do Haze Studio

Por Georgia Kirilov em Non-Blasé 15.12.2015

Sabe aquele sentimento que a primeira pessoa que entrevistou a Beyoncé deve ter sentido? Tipo BINGO! Bem, a maioria de nós nunca se sentiu assim, mas sem dúvidas eu senti isso entrevistando o pessoal do Haze Studio. Eles são um coletivo de experimentação artística criado pelos designers Gabriel Finotti e Solenn Robin, o fotógrafo Hick Duarte, e os  arquitetos Marcelo Gerab e Jonatas Pontes. O Haze Studio começou em Setembro de 2015 – isso mesmo somente há 3 meses – devido à necessidade que seus membros sentiam de alimentar seus anseios criativos que iam além do que eles já produziam em suas devidas posições no mercado. A Heineken viu seu potencial e lhes ofereceu a oportunidade de desenvolver seu primeiro projeto: o Heineken Glass Room Lights Edition. O Glass Room é um pop up bar dentro do Museu do Olho em Curitiba. A proposta é juntas arte, música e design e o Haze Studio foi o responsável para traduzir essa ideia em um espaço físico e real. De acordo com eles isso só aconteceu graças a “pluralidade de bagagem de cada membro, nós realmente acreditamos que o Haze é um studio multidisciplinar e nossa proposta de trabalho é realmente diverse e atinge diversas áreas criativas.”

O grupo realmente sentiu seu poder como um coletivo durante o processo de criação do Heineken Glass Room Lights Edition. Sua ideia desde o começo era criar um espaço que oferecesse experiências sensoriais ao publico e que estabelecesse o mesmo diálogo com entretenimento e arte, tendo como ponto de partida para todas os espaços uma única cominação conceitual: luz X cor. “Nós ficamos muito felizes porque a Heineken aprovou o conceito e a divisão inicial do espaço de cara e ver tudo que criamos ganhar forma física foi inesquecível.” Esse foi o primeiro projeto deles como Haze Studio e você pode aprender mais sobre aqui. Esse final de semana foi o último final de semana do evento e se você, como eu, não pode ir viver toda a experiência que o Haze Studio criou combinada com ótima música, escuta essa playlist aqui para passar menos (ou mais?) vontade.

Quando eu vi como essa edição do Glass Room ficou (é a segunda edição do evento em Curitiba) minha primeira pergunta foi: quem criou? Quando eu descobri que tinha sido o Haze Studio, tentei procurar o máximo sobre eles e o que eles faziam. Porém, já que eles estão na ativa a somente três meses, não tinha muita coisa. Foi quando eu encontrei o Tumblr deles e essa plataforma me providenciou com uma imagem bem nítida de como é o moodboard deles, algo cheio do trabalho do Dan Flavin e experiências construídas em torno da combinação de design, arquitetura, cores e luzes, bem parecido com o que eu vi no Museu dos Sentimentos.  No Haze Studio cada membro tem sua voz, mas eles trabalham em harmonia como um coletivo, achando um equilíbrio combinando seus pontos de vistas e como desenvolver cada projeto. De acordo com o Hick Duarte, “Finotti alimente um moodboard mais gráfico, eu tento trazer muito do que pesquiso nas novas tendências estéticas na fotografia (principalmente moda), Marcelo e Jonatas trazem muitas referências de arquitetura e luzes que vão de artistas contemporâneos até os clássicos, e a Solenn tem um olhar feminino e uma atenção ao detalhe que sempre equilibra nosso brainstorm. Nenhum de nós pode substituir o outro, porque precisamos de um ao outro para atingir uma ideia final que seja plena e nos represente como um coletivo.”

2016 vai ser um ano importante para o Haze Studio. Eles se encontram em um momento aonde a vontade de criar projetos autorais está maior do que nunca e o Heineken Glass Room foi um grande estímulo. “Nós queremos trabalhar com arte, moda, arquitetura, projetos documentais, provocar experimentações em cada um desses segmentos, ou fazer tudo isso junto.” E nós, o público, queremos mais, mais e mais do Haze Studio. Sério mesmo, pode continuar servindo.

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