Amber Broos é uma DJ e produtora musical belga que cresceu tendo a música como uma paixão ardente. Amber surpreende pela maturidade profissional, já que apesar de muito jovem, sua habilidade tanto no DJing quanto na produção são avançadas. Com um estilo musical verdadeiramente singular, ela promove uma fusão entre o house, club e techno, e que definitivamente vem conquistando o público. Com seu próprio programa mensal na One World Radio, a estação de rádio oficial do Tomorrowland, e como residente na principal estação de rádio da Bélgica, Studio Brussel, ela vem conquistando a sua posição na cena musical belga.
Seu talento vem brilhando em palcos de grandes festivais ao redor do mundo, incluindo Tomorrowland, Untold Festival, Tomorrowland Winter, Rock Werchter, Pukkelpop, Aquasella Festival, Weekend Festival, Dreambeach Festival, no icônico Ushuaïa, entre outros. Reconhecida pela energia contagiante e capacidade de fazer o público dançar, Amber se firma como um dos talentos em ascensão para se prestar atenção.
Atualmente, concentrada na produção musical e na evolução de seu próprio som, em maio do ano passado ela fez sua estreia na Tomorrowland Music com o lançamento de Amok, seguido por um EP em colaboração com The Subs, o The Pulse. Sua performance de estreia no Mainstage do Tomorrowland em 2023 e o sua apresentação que deu sold out em Antuérpia, com 4.500 pessoas, são exemplos precisos do seu sucesso crescente. Com uma carreira em ascensão e um talento inegável, Amber está pronta para incendiar ainda mais festivais e pistas de dança ao redor do mundo, levando sua música e contagiando o público com a sua paixão.
Convidamos a artista belga para a nova edição da 15 to understand, em um mergulho em seu universo através de temas como carreira, background, indústria, saúde mental e muito mais! Segue o fio:
Quando a música virou mais que um hobby para você?
A música tem sido uma paixão ao longo da vida e não apenas um hobby para mim. Estive imersa nisso desde muito jovem, graças ao meu pai, que foi DJ a vida toda. Quando eu tinha apenas 12 anos, ele começou sua escola de DJ e isso despertou algo dentro de mim. Naturalmente, não pude resistir à vontade de experimentar esses consoles eu mesma. No momento em que subi ao palco pela primeira vez, soube no fundo que era isso que queria seguir como carreira.
Qual é o lado ruim de uma carreira na música?
Como DJ, minhas experiências de viagem variam da solitude à agitação de multidões. Felizmente, sou apoiada por uma equipe incrível que me acompanha nas minhas viagens, garantindo que nunca estou verdadeiramente sozinha. Quer seja meu empresário, equipe de turnê, amigos, família ou colegas artistas, a presença deles adiciona calor e camaradagem à estrada, transformando o que poderiam ser momentos solitários em momentos compartilhados.
Qual o diferencial mais importante na preparação para uma gig?
Ao me preparar para meus sets, faço uma curadoria cuidadosa de uma seleção de faixas que refletem minha jornada musical. Isto inclui apresentar as minhas produções originais, descobrir jóias escondidas de artistas emergentes e incorporar clássicos belgas intemporais que honram a minha herança musical.
Além disso, priorizo o processo de teste de novas faixas em ambientes ao vivo antes de estreá-las em grandes festivais. Essa abordagem prática me permite avaliar a resposta do público, refinar o fluxo do meu set, garantindo que cada faixa se conecte profundamente com o público.
Algum artista ou música já mudou a sua vida? Se sim, qual?
Um artista e uma música em particular que tiveram um impacto profundo em mim é Wide Open do DJ Hyperactive (Len Faki DJ Edit). Desde o momento em que ouvi, fiquei cativada pela energia e intensidade crua.
É uma faixa que já toco há algum tempo e que nunca deixa de animar a pista de dança, a maneira como o público responde a isso é incrível. Considero que não é apenas uma faixa, mas uma obra definidora que moldou meu estilo como DJ.
Fale um pouco sobre o que você considera mais relevante: uma grande ideia ou uma rotina disciplinada de trabalho?
Tanto uma ótima ideia quanto uma rotina de trabalho disciplinada são cruciais por si só, mas se eu tivesse que priorizar, preferiria uma rotina de trabalho disciplinada. Eis o porquê: uma grande ideia pode despertar inspiração e criatividade, mas sem a dedicação e a disciplina para executá-la com eficácia, ela pode nunca atingir todo o seu potencial. Um preparo minucioso e uma rotina de trabalho disciplinada são o que transformam uma boa ideia em realidade.
No contexto do DJing, criar um set memorável envolve planejamento, prática e criatividade. Embora uma grande ideia possa servir como catalisador para a inovação, é a rotina de trabalho disciplinada que permite transformar essa ideia em algo verdadeiramente notável.
Qual é o momento ou conquista mais importante da sua carreira até aqui?
Um dos momentos marcantes da minha carreira foi agraciar o palco principal do Tomorrowland em 2023. A energia e o entusiasmo do público tornaram essa experiência inesquecível.
Além disso, apresentar meu próprio show no Waagnatie em Antuérpia, na Bélgica, foi um sonho realizado, ver o local ganhar vida e o público imerso na música foi incrivelmente gratificante e gratificante.
O que torna um set realmente inesquecível para o artista e para o público?
Um set verdadeiramente inesquecível tanto para o artista quanto para o público é aquele que transcende a própria música e cria uma conexão profunda. Para mim se trata de criar momentos que ressoem profundamente no público, deixando memórias duradouras de alegria, conexão e experiências compartilhadas.
Qual aspecto da cena você escolheria mudar ou transformar por completo atualmente?
Se eu tivesse que escolher um aspecto da cena atual para transformar, seria o uso generalizado de rótulos para classificar artistas e suas músicas. Como alguém que acredita fortemente no potencial ilimitado da música, acho que os rótulos podem muitas vezes ser restritivos e limitantes.
Embora eu tenha mergulhado extensivamente em house, club e techno, o que realmente alimenta minha paixão é a liberdade de explorar e misturar diferentes subgêneros e culturas dentro da esfera da música eletrônica. Vejo a música como uma linguagem universal que transcende fronteiras e me recuso a me limitar a apenas um gênero ou rótulo.
O que traz inspiração de maneira prática e contínua para criação?
Para mim, a inspiração prática e contínua na criação é alimentada pelo compromisso de permanecer atual e relevante no cenário em constante evolução da música eletrônica. Isso significa abraçar constantemente novos sons e ideias para infundir em meus sets.
Ao mergulhar nos sons mais recentes e permanecer conectada ao pulso da indústria, garanto que minhas criações permaneçam relevantes e envolventes, proporcionando, em última análise, experiências dinâmicas e memoráveis para o meu público.
Como você descreve a jornada de evolução de seus trabalhos na música do mais antigo ao mais atual?
Minha abordagem à produção musical evoluiu ao longo do tempo, com uma mudança notável no sentido de considerar a experiência da pista de dança. Nos estágios iniciais da minha jornada, meu foco estava principalmente em explorar minha criatividade e me expressar através da música.
À medida que minha compreensão da cena se aprofundou quando fiquei mais velho, comecei a incorporar elementos em minha música que foram projetados especificamente para envolver o público. Hoje, minha abordagem à produção musical está enraizada tanto na criatividade quanto na conexão com o público. Eu me esforço para encontrar um equilíbrio entre permanecer fiel à minha visão artística e considerar a pista de dança.
Qual foi a grande lição que você aprendeu ao longo de sua carreira?
Uma lição valiosa que aprendi é a importância de dar ênfase à saúde pessoal. Os rigores das viagens, muitas vezes acompanhados de horários de sono irregulares e acesso limitado a refeições nutritivas podem prejudicar o bem estar.
É por isso que dou grande importância ao autocuidado e me esforço para manter um estilo de vida saudável enquanto estou na estrada.
12. How do you deal with the financial challenges of a career in music?
Como você lida com os desafios financeiros de uma carreira na música?
Como estudante, não encontrei obstáculos financeiros significativos nesta fase. Atualmente, estou cursando Ciências da Comunicação na Universidade KU Leuven, estou no terceiro ano de estudo.
Conciliar minhas atividades acadêmicas com minha carreira musical apresentou, de fato, seus desafios, mas também trouxe imensa satisfação. Oferece um equilíbrio harmonioso em minha vida, me permitindo prosperar tanto academicamente quanto criativamente.
Como você vê a relação entre sua identidade pessoal e sua identidade como artista?
Para mim, a relação entre a minha identidade pessoal e a minha identidade como artista está incrivelmente interligada — são praticamente inseparáveis. Acredito que é vital permanecer fiel a si mesmo, tanto pessoal quanto artisticamente.
Vejo minha jornada como artista como uma extensão da minha identidade pessoal — um reflexo de quem sou e do que defendo.
O que te causa orgulho em relação ao trabalho/música?
Tenho muito orgulho de incorporar elementos de clássicos da dance belga em minha música. É uma forma de prestar homenagem à rica herança musical da minha terra natal e, ao mesmo tempo, adicionar um sabor único ao meu próprio som. É incrivelmente gratificante ver como essas influências ressoam no público.
Como você lida com os altos e baixos emocionais que podem vir com a vida de um artista?
Para navegar pelos altos e baixos emocionais que inevitavelmente acompanham a vida do artista, priorizo manter um estilo de vida saudável e me cercar de relacionamentos de apoio. Faço questão de priorizar meu bem estar físico e mental, cuidar do meu corpo me permite gerenciar melhor os desafios. Além disso, conto com o apoio da minha família e amigos — ter um forte sistema de apoio de entes queridos pode fazer toda a diferença em tempos difíceis. Isso me permite permanecer firme, resiliente e focada em perseguir minha paixão pela música.
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