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A música conecta

Entrevista com Loulou Players

Por Alan Medeiros em DJ's 07.10.2013

Ele começou organizando festas pros amigos, há 15 anos, e de lá pra cá, não parou mais. “Os clubs belgas mixam vários CDs e eu comprava um monte deles. Depois comecei a comprar discos, e então tudo começou”, conta Jérôme Denis aka Loulou Players – projeto em parceria com Kolombo – que ainda confessou mandar um som especialmente pras gurias. Nas palavras do próprio: “Meu set é Girly & Sexy. Espero… Toco primeiro para as meninas, elas que fazem a festa acontecer. Com as garotas dançando e gritando, fica fácil agitar a pista e ter uma noite legal.  Então, tento tocar Funky Music com um pouco de Indie-Nu Disco, Deep House, Tech House ou Techno. Depende do meu humor”.

O cara que, recentemente, esteve em tour pelo Brasil e já tem datas confirmadas para retornar em outubro, conseguiu um espacinho na agenda pra conversar com a redação do FBN. Simpático e sem rodeios, contou detalhes do início da carreira, falou sobre preferências e influências, adiantou algumas dicas sobre os próximos releases do Loulou Records, além de elogiar artistas brazucas. Vale conferir!

As primeiras produções começaram a tomar forma quando?

Graças as pequenas festas que organizava, uma galera da minha cidade me prestigiava. Lá comecei a conhecer muita gente interessada em deep house, house, techno. E um deles era o Oliveir Gregoire. Nos tinhamos um gosto parecido e daí surgiu uma grande amizade. Depois veio o Loulou Records e também o projeto Loulou Players.  E mais adiante esse cara se lançou como Kolombo. Então, depois de 15 anos, ainda trabalhamos juntos em estúdio. 

Digital ou equipos analógicos. Por quê?

​Os dois são interessantes. O caminho digital é mais fácil, você está pronto pra usar o setup onde quer que vá e pode produzir com um headphone. Mas o analógico tem mais atitude, o resultado fica mais orgânico, e é muito bom sentir /tocar o equipamento/hardware.

Qual o setup do seu estúdio?

Por enquanto, uso apenas um laptop e um teclado midi. E quando preciso de algo mais, sei onde ir. 

E você ainda sonha com algum equipamento em especial?

Nesse momento, meu desejo é um estúdio. Estou mudando de casa e não tenho um espaço específico pra produzir. Na minha lista de natal, com certeza, está um estúdio (risos).

Sobre o Loulou Records. O que vem por aí?

Junto com Kolombo, estamos procurando por novos talentos, um grande nome pra lançar.  E estamos abarrotados de trabalho até o final do ano. Temos lançamentos de Nikitin, Sion, The Beatangers, Big Pac Gang, Kinree, Tapesh, Alex E & Sammy W, Yam Nor. E também, estou trabalhando em uma compilação pro label brasileiro Colours com tracks exclusivas.

E especificamente sobre as suas produções. O que pode adiantar?

Meu último release foi pelo Kittball Records, em parceria com meu amigo alemão Ante Perry. Tem também um material pronto com o Kolombo.  Uma track para o Warung Records que vai fazer parte da compilação de aniversário do Warung Beach Club, mixada pelo Kolombo. Acredite em mim, é uma bomba. E tem ainda uma track exclusiva pro Loulou Records, novamente, em parceria com o Kolombo. 

Desde o início da sua carreira, o que destacaria como a principal mudança no cenário da música eletrônica?

Com certeza, o modo como usamos a música. Antes,  iamos a uma loja de discos, compravamos discos e tocavamos os mágicos vinis. Agora, nós usamos USBs, computadores e CDs. Gosto de tocar com CD player, mas sinto saudades das lojas de discos, de pesquisar a dedo o disco certo.

Então, diz aí. Digital ou vinil?

Adoraria tocar em vinil, mas digital é muito mais prático.  Hoje em dia é muito dificil encontrar bons tocadiscos nos clubs. E quando vai viajar, é muito mais fácil carregar CDs e USBs do que 20 quilos de discos. Mas na Alemanha, ainda é possível tocar em vinil, lá os clubs oferecem tocadiscos em boas condições. Então, devo tocar algumas velharias, em breve.

Quais seus DJs/produtores favoritos?

No momento, tenho tocado bastante coisa de caras como Sion, Chad Tyson, HNQO, Teenage Mutants, Bruno Be, Big Pac Gang e claro do meu parceiro Kolombo.

E as suas influências?

Gosto muito do techno de Detroit e também do techno sueco.  Mas no meu carro, toca muito disco funk.

Elogiaria o trabalho de algum DJ/produtor brasileiro?

Yeahhh. Sou um grande fã de HNQO, Fabo, Bruno Be, Big Pac Gang. Conheci alguns deles em minha tour pelo Brasil e tive a chance de ter Fran Bortolossi (Big Pac Gang) como meu ‘warm upper’. Agora, ele é um grande amigo, sem falar que é um ótimo DJ.

E qual o seu club/festa preferido no Brasil?

Acredite, é impossível escolher. Todas as minhas gigs no Brasil foram incríveis.

Você gosta do trabalho de algum produtor brasileiro em especial?

No momento, tenho muitas armas secretas de Bruno Be e realmente gosto do estilo dele. Espero fazer algo em parceria com ele, em breve.

Se pudesse escolher a melhor música que já fez, qual seria?

Poderia dizer algumas.  ‘Don’t You’ (LouLou Rec.), ‘Don’t Go Away’ (Suara Rec.) e tenho uma afeição particular por ‘Touch Your Body’.

E as favoritas de outro produtor ? 

No momento: Bruno Be & Dado Prisco – ‘Getcha Babe’,  Chad Tyson – ‘Give a Damn’, Nikitin – ‘When It’s Hot’, Sion – ‘Ooh she like eKolombo’ – Full FX.

Via Fly by Night

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