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A música conecta

Eric Prydz: Em busca de novos ares

Por Redação Alataj em DJ's 16.07.2013

Durante muitos anos Eric Prydz ficou longe dos holofotes e freou sua ascensão como DJ por conta de seu pavor de avião. Esse problema, inclusive, foi o principal motivo que fez com que o sueco não seguisse estrada com seus compatriotas do Swedish House Mafia. Agora, morando na América, ele está no coração do mainstream global e vai colocar à prova todo seu potencial para fazer sucesso.

Prydz sempre se destacou por suas produções bem alinhadas. Mas seu crescimento artístico esbarrava em duas características pessoais extremamente limitadoras: o medo de avião e a aversão a entrevistas e ao contato com a mídia. Ele surgiu no foco internacional em 2004 com o single Call On Me. A track foi produzida sobre uma regravação de Valerie (de Steve Winwood, de 1982) e fez enorme sucesso no mundo todo.

Com tamanha repercussão, Prydz saiu de Estocolmo e se transferiu para Londres, onde morou por oito anos. Ele odiava o clima frio de seu país e, além disso, morar na capital britânica facilitava muito as viagens de trem que fazia pra tocar. De lá pra cá, emplacou mais alguns hits, como Pjanoo e Proper Education (releitura de Another Brick In The Wall, do Pink Floyd). Esta última foi indicada em 2008 ao prêmio GRAMMY.

Na edição deste ano, o sueco apareceu novamente entre os concorrentes ao gramofone dourado, indicado à categoria de Melhor Gravação Remixada (Não-Clássica) com a track Midnight City, da banda M83. Diferentemente de 2008, dessa vez ele esteve na cerimônia.

Midnight City foi resultado de um private remix que Prydz fez sem maiores pretensões. Ele lembra que o processo de criação se deu de maneira diferente do que normalmente acontece. “Sempre sou procurado por artistas e bandas com pedidos para remixar suas músicas. Com esta foi diferente. Eu gostava muito da canção original e resolvi fazer um remix para mim. O som se popularizou e, depois de pouco tempo, a gravadora veio me consultar sobre a possibilidade de lançá-lo oficialmente.”

“NÃO SOU CANTOR”

Desde que se fixou em Los Angeles, em meados do ano passado, Eric vem enriquecendo sua carreira. Em maio de 2012, saiu finalmente seu primeiro álbum (triplo), intitulado Eric Prydz Presents Pryda. O disco 1 traz músicas inéditas produzidas por ele. Já os discos 2 e 3 têm hits acumulados ao longo da carreira e alguns re-edits.

Dentre os destaques, estão as tracks Shadows, Agag, Allein e You. Esta última, por sinal, é bem especial. Nela, Prydz se arrisca no vocal. No entanto, ele diz que dificilmente o ouviremos cantar ao vivo. “Seria uma idiotice. Eu não sou cantor, sou um produtor de estúdio. You foi fruto de muitas gravações e regravações, até que eu alcançasse a afinação esperada”, ressaltou, em entrevista a um site americano.

Dois meses após o lançamento do disco, o artista excursionou pelos Estados Unidos – sua primeira empreitada no novo país. Headliner do Identity Festival, primeiro evento itinerante de e-music na terra do Tio Sam, ele se apresentou em várias cidades. Todo o percurso foi feito de ônibus, diga-se de passagem.

O ano de 2012 foi extremamente produtivo pra ele. Além das edições de seu famoso podcast Epic Radio, o segundo mais baixado do iTunes no segmento de música, ele colocou na pista mais alguns singles. Seja assinando como Pryda ou Eric Prydz mesmo, ele lançou o single Every Day e o EP Recomondos/Bergen.

PRIMEIRA RESIDÊNCIA

Este ano Eric não desacelerou e acertou sua primeira residência em solo americano. Desde fevereiro ele conduz suas festas Black Dice no The Wynn, em Las Vegas. Além disso, já soltou três tracks inéditas: Power Drive, Drums In The Deep e Thunderstuck. A primeira pela Pryda Recordings e as outras pela Mouseville Records, dois de seus três labels.

Na agenda, simplesmente os maiores festivais do planeta. Só entre abril e maio ele esteve nos palcos do Ultra Music Festival (Miami), Coachella (California) e Electric Daisy Carnival (New York). O artista também já está preparando os comprimidos pra dormir. Ele terá que atravessar o oceano novamente pra tocar no Tomorrowland (em julho, na Bélgica) e no Creamfields (em agosto, no Reino Unido).

Via Dance Paradise

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