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A música conecta

A evolução de Bernardo Ziembik no EP Dramma

Por Alan Medeiros em Lançamentos 07.12.2015

Na semana passada o DJ e produtor catarinense Bernardo Ziembik lançou pela Triade Records, seu segundo EP no Beatport. Esse é o primeiro trabalho solo do artista, que já havia participado de uma compilação na Cabana Music com a track “Questions“. De cara, o novo EP impressiona pela identidade das faixas. Apesar de conter apenas duas músicas, o release se mostra bastante encorpado. Marcadas como techno no Beatport, as tracks não escondem traços típicos da house music, vertente que está sempre influenciando Bernardo. Convidamos o produtor para falar sobre o processo criativo de todo trabalho, ele nos contou detalhes das duas faixas, que você pode descobrir abaixo.

Collapcid

Essa música foi daquelas que a gente faz e refaz diversas vezes. Achei meu norte ao procurar algumas capelas e encontrar essa do Inner City. Algumas alterações nela e, a partir daí, comecei a criar mais. O synth que predomina me atraiu desde o começo, mas, faltava alguma coisa: algo Acid. Então, veio a ideia de, após o break, transforma-la em outra coisa, por pelo menos alguns segundos. A volta do break sem bateria é uma característica que o Butch emprega muito e eu adoro. Após esses segundos, a música voltou com quase todos os elementos. Deixando um pouco o lado técnico, quis transmitir um pouco do que tenho feito nas pistas. A música mescla diversos gêneros. A progressão de entrada de baterias é algo bem característico dos meus sets, assim como as notas fixas com modulações. Tem elementos mais techno, algumas coisas mais house, enfim, bem versátil.

Dramma

Essa música foi uma das primeiras que eu fiz. Foi em um momento de aprendizagem, onde eu estava passando por uma fase bastante melódica. Um pouco por causa das gigs que estavam me aparecendo, um pouco pelos artistas que estavam passando pela nossa região, um pouco por querer saber mais de alguns synths que eu estava ouvindo. Contei muito com a ajuda do Carlos Poppi (aka Dub Recycle). Ele me ensinou muitos truques, principalmente na parte da mixagem. Esses arranjos melódicos também, boa parte foram com assessoria dele. Quando comecei a criação dessa música, peguei o corpo inteiro de uma faixa do Agoria, que é bem famosa. A partir dela, comecei a extrair ideias que me pareciam interessante. Sempre quis trazer pads e synths mesclados a uma linha de baixo bem marcante. O break longo e bem modulado é, sem querer, uma característica que tenho adotado nas minhas produções.

A MÚSICA CONECTA 2012 2024