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A música conecta

Sons do Brooklyn na Not For Us

Por Alan Medeiros em Lançamentos 26.11.2015

Para o seu 145º lançamento a Not For Us desembarcou no Brooklyn. A label brasileira foi buscar 3 faixas do talentoso produtor The Benz Motorwagen. O EP apresenta uma identidade muito interessante pela forma que as 3 faixas se completam. Com tracks que variam dos 121 aos 124 bpm’s, esse release apresenta um potencial muito interessante para as pistas de dança. Convidamos o produtor The Benz Motorwagen para nos contar detalhes do processo criativo de cada faixa. Se liga no que ele falou pra gente 🙂

Olá, eu sou o The Benz Motorwagen e trabalhei durante muito tempo no EP Dreme. Foi especialmente agradável criar as faixas a partir do zero e acompanhar a evolução até o acabar o projeto. Eu amo sons analógicos, me considero um “analogaphobic”. Costumo passar a maior parte das noites criando algo único para os meus ouvintes, que certamente vão apreciar esse EP.

Na composição, usei principalmente um analógico drum-mashing para construção do groove. Em alguns pontos, utilizei a Roland TR 505 e minha adorável MFB Tanzbar. Escolhi essa combinação por que com a Roland posso obter sons mais sujos para misturar com a pegada cristalina da MFB. Gosto muito da Moog Minitaur para obter a linha de baixo, que é uma parte importante do meu som analógico. Já as melodias vem do espaço e esse é um processo intuitivo, apenas passo algumas horas durante a noite experimentando para obter o som certo. Além disso, eu amo o meu Micro Korg, acho que ele se encaixa bem com os outros instrumentos.

Também gosto de usar a Roland Ju-06 para adicionar outra camada de “estranheza”. Gravei alguns sons aleatórios na minha cidade com o gravador Zoom H4N. Isso é para transmitir alguns sons de NY na música que eu estava criando. Trabalhar melodias em combinação com o dub techno nos permite criar um som futurista.

Depois de finalizar as faixas, eu gosto de deixá-las mais saturadas usando meu gravador Pioneer RT-707. Isso é um pouco old school mas eu amo essa parte do processo. Para ultima parte, vem a masterização analógica. Uso meu velho amigo Fat Track. Trabalho 100% com equalizadores e tubos. Para criar um som mais quente, utilizo a TL Audio Ivory 2 e Digital Limiting, que deixam o som mais sólido e afiado.

A música é uma grande parte da minha vida, mas ser capaz de criá-la é algo diferente para mim. Ela me permite partilhar um pedaço de mim mesmo, uma viagem através da mente. Tento sempre colocar uma energia positiva nelas.

Obrigado a Not For Us por acreditar no verdadeiro som analógico.

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