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A música conecta

O maravilhoso mundo dos festivais nos EUA

Por Alan Medeiros em Festivais 25.11.2013

Se 2014 é o ano da Copa no Brasil, 2015 promete ser o ano dos festivais de música eletrônica por aqui. Numa recente viagem ao Estados Unidos, conversei com os maiores players mundiais que confirmaram o Brasil como hot spot pra médio prazo. Devem desembarcar aqui o Tomorrowland, o Mysteryland e o Electric Daisy Carnival.

Mas isso porque o mundo dos festivais na gringa nunca viveu um momento tão eufórico como nos últimos três anos. Primeiramente, pelo crescimento do público e pelo que ele gera para a economia. O EDC (Electric Dayse Carnival), por exemplo, arrecadou em 2013, a gigantesca soma de US$154 milhões.

O Winter Music Conference, que está na 28ª edição e que dentre os seus 10 dias possui 500 eventos como o Ultra Festival, traz cerca de US$89 milhões para os cofres do estado/município. Logicamente que isso chamou a atenção e provocou uma onda de fusões. A Live Nation (leia-se quem faz o U2, Madonna, entre outros) comprou em 2012 o label Creamfields no mundo. E em julho deste ano, pagou US$50 milhões para comprar o grupo Insomniac, realizador dos festivais EDC, Beyond Wonderland, Nocturnal e outros. O grupo americamo SFX comprou a ID&T (donos do Tomorrowland, Mysteryland e White Sensation), Stereosonic na Austrália, Electric Zoo em New York e tantos outros festivais.

Estima-se que o mercado da EDM seja de US$15 bilhões, com os festivais respondendo por US$4,5 bilhões em 2012, acréscimo de 33%.

No Brasil os números são módicos, mas com incrementos percentuais espantosos. O público da música eletrônica cresceu 57% em 2011, chegando a quase 20 milhões de pessoas. Isso gerou uma receita de R$879 milhões. Os gastos deste público com bebidas, hospedagem e outras coisas gerou mais de R$1 bilhão de faturamento.

Neste último feriado de novembro, tivemos uma ideia do fortalecimento dos festivais e grandes eventos de música eletrônica no Brasil. A XXXperience carregava sua placa de 17ª Edição. O Dream Valley, Paradise Weekend e Seven Music Festival realizaram seu segundo ano. Já o King Festival estreou com números muito fortes, fora os superclubs lotados como Warung, Sirena, Anzu, P12 e grandes eventos como Big Beach Boutique no Guarujá etc.

A despeito dos fascistas que ainda acham que o mundo da house music deveria se reter a um clubinho para os seus 300 amigos, isso tudo é uma excelente notícia pra gente, que lutou tanto e ainda trabalha muito para poder viver (e bem) do que amamos. Logicamente que ainda falta muito do poder público, que teima em remar contra. Eu vivi isso na pele, quando pelo segundo ano não consegui estender o House Beach para até depois das 5h da manhã.

Estes eventos grandes e bem executados são um reforço econômico para profissionais técnicos, de marketing, imprensa, setor hoteleiro, de bares e restaurantes, locadoras de carros e tantos outros.

E fica claro agora para as marcas que queiram patrocinar e associar seus nomes a estes festivais que a música eletrônica tem, sim, muito a oferecer.

Podemos agora olhar para a frente ou ainda vamos ficar discutindo sobre under vs comercial ?

Escrito por: Sandro Horta (DJcom)

Via House Mag

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