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A música conecta

A Discolovers completa um ano nesse fim de semana. Conversamos com Biel Précoma

Por Alan Medeiros em Entrevistas 12.08.2016

Amanhã o Club Vibe celebrará o primeiro aniversário da Discolovers. Apesar da curta idade oficial, a presença da cultura disco na Vibe e a ideia da festa dedicada existem há bem mais tempo. A transformação disso em realidade é graças a Dudu Marcondes, um dos proprietários do club, e Biel Précoma, DJ residente, que se uniram para assumir esse filho.

Para entender melhor como é a Discolovers, trocamos uma ideia com Biel, que está bastante empolgado para a noite de sábado. Confira abaixo!

1 – O Club Vibe é uma das mais tradicionais casas de música eletrônica do Brasil, com 15 anos de história. Como surgiu a ideia de fazer uma noite voltada para disco?

Boa tarde, é uma prazer falar com o Alataj! Bem, a ideia do projeto surgiu no ano passado, após o aniversário épico do Dudu Marcondes, meu sócio na Discolovers que também é sócio do Club Vibe. Somos amigos há mais de 10 anos e sempre sonhamos com uma noite assim. Esse desejo aumentou quando em 2012 passou por aqui o canadense Neighbour, abrindo nossas cabeças para novas sonoridades, uma mistura moderna de funk, house e disco. O material de divulgação dele era muito doido, ele sempre aparecia vestindo macacões de ginástica, fantasias de personagens do anos 80, entre outros itens que lembram essa época. Resolvemos então que iríamos pra festa montados no modelito 80’s, para entrar no clima, e foi demais! No ano seguinte, com Elijah Collins foi que o bicho pegou de vez, novamente no aniversário do Dudu, uma vibe realmente impressionante tomou conta do club, pessoas que não gostavam ou até desconheciam esse tipo de som saíram de lá extasiadas, pedindo mais. Talvez nessa noite nos percebemos que realmente exista um nicho de mercado diferente, a ser explorado no momento certo: a partir de 08 de agosto de 2015, quando realizamos a primeira edição da Discolovers.

2 – E só toca disco na Discolovers?

Não, nós tocamos house, disco e funk. A disco music é muito abrangente, afinal foi o movimento que deu origem às batidas 4×4 do house e do tecnho!

3 – O público que frequenta é o mesmo das noites de techno e house da casa, ou existem pessoas que vão na Vibe somente para a Discolovers? Qual a faixa etária e o perfil dos frequentadores?

Uma parte gigantesca do nosso público é frequentadora das outras noites do club, sim! São as pessoas que gostam de house, de uma pegada mais groove. O nosso publico é composto por pessoas de várias cenas diferentes, na Discolovers você encontra a galera que vai nas festa de funk, trap, rap, reggae etc. Não tem como definir a faixa etária dos frequentadores, lá você encontra desde os novinhos e as novinhas até os tiozinhos e tiazinhas [risos]. O mais legal é ver essa moçada que nem passou perto de viver os anos 80 e 90 surtando na pista com musicas que provavelmente seus pais dançavam, que misturadas às sonoridades modernas do house e até mesmo do techno trazem à tona as emoções que fazem da Discolovers uma festa tão especial.

4 – Como as pessoas encaram a proposta de irem fantasiadas a uma festa de música eletrônica?

É ai que esta o ponto: não é uma festa à fantasia! Ás vezes as pessoas se assustam ou falam: “nao sei se vou, não tenho roupa”. Nossa ideia é resgatar um pouco da cultura cluber dos anos 80 e 90, quando as pessoas íam aos clubs para serem quem elas quisessem ser, sem rótulos ou preconceitos. Os negros se vestiam como negros, os latinos como latinos, os gays como gays… Na Discolovers também é assim, cada um vai como se sentir à vontade! Mas para incentivar a quebra da rotina, montamos um pequeno acervo e estaremos emprestando acessórios gratuitamente para o publico nesta edição de aniversário!

5 – A sua residência na festa é permanente – você é o último a tocar em todas as festas. Existe uma razão especial? Como é a aceitação do público?

Não, não existe nenhuma razão em especial, talvez pelo fato de que no começo de festa é importante estar pela pista atento aos detalhes, ver se tudo está funcionando corretamente, se o som está bom, entre outras milhões de funções a se fazer em dia de festa. Também gosto de receber meus convidados e estar ali para poder cumprimentá-los. Temos trazido ótimos DJs para o warm up, parte importantíssima da festa. E quanto à aceitação do público, não podia ser melhor! É difícil a festa acabar antes das 10h da manhã!

6 – Aniversário, além de comemorar um período de existência, é também momento de fazer planos pro futuro. Quais serão os próximos passos da Discolovers?

A festa tem atraído a atenção de pessoas de diferentes lugares do país. Ano passado realizamos showcase da Discolovers dentro do Universo Paralello e foi um sucesso! Em setembro daremos início à Discolovers Tour, sendo a primeira parada em Guarapuava- PR, em parceria com o pessoal da Disconnect. Outros dois eventos já estão com as negociações bem avançadas e serão anunciados em breve. Em setembro estaremos lançando também o podcast mensal da Discolovers e quem assina o primeiro capitulo é o nosso amigo Sammy D, do Pilowtalk.

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Imagens por: Gustavo Remor

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