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A música conecta

SG Lewis atua com classe no espaço imaginário entre o pop e a dance music

Por Alan Medeiros em Entrevistas 21.09.2017

Cantor, compositor e produtor das próprias músicas: esse é SG Lewis, uma das mais interessantes revelações da música pop eletrônica nos últimos anos. Ouça abaixo um de seus grandes sucessos:

Natural de Liverpool, Sam Lewis (seu nome de batismo) conviveu desde muito jovem com as batidas eletrônicas. “Eu era aquele garoto estranho que passava muito tempo no quarto tocando violão ao invés de sair e fazer coisas”, admite Sam. A medida que os anos passaram, ele incorporou seu devido lugar na noite e começou a discotecar em clubs, um verdadeiro ponto de virada para que a dance music se tornasse sua principal inspiração.

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Após assinar com a PMR Records (Universal Music Group), Lewis viu suas músicas romperem as barreiras de Liverpool para ganhar os palcos e rádios do mundo inteiro. The Great Escape, LoveBox, Ultra Miami, Melt! e Rock in Rio são alguns dos palcos que o receberam nos últimos anos – nessa edição do RiR, ele já tocou no Palco Sunset e hoje se apresenta no Eletrônica.

As colaborações também vem fazendo a diferença na carreira deste jovem britânico. Gallant, Josh Barry, Dornik e Toulouse são nomes que colaboraram com Sam. Seu estilo que flerta abertamente com o pop, estabelece um certo ar revolucionário no espaço imaginário onde música eletrônica e cultura pop se encontram. Nessa entrevista exclusiva, SG Lewis fala sobre parcerias, processo criativo, dance music britânica e referências. Confira abaixo:

1 – Olá, Sam! É um prazer falar com você. Gallant, JP Cooper e Dornik são alguns dos nomes que você já colaborou. Pra você, como funciona esse processo criativo em collab? Geralmente, o tempo necessário para atingir o resultado desejado é muito diferente de quando você produz sozinho?

O processo criativo de uma música para outra é sempre diferente. Ás vezes, pode ser o caso de entrar na sala com um artista, escrever a música a partir do zero e tê-la completamente pronta até o final do dia (como foi o caso de Shivers). Outras vezes, pode ser o caso de enviar ideias de músicas para cá e para lá via internet, como com Gallant, pois vivemos a milhares de quilômetros um do outro.

2 – Você faz parte de um seleto grupo de artistas que canta, produz e compõe as próprias músicas. Como você desenvolveu e tem aprimorado cada uma dessas habilidades? Há algum “exercício” para evoluir nessas funções?

Tenho alguns amigos incríveis na música que me ajudaram a crescer em certas áreas e fortalecer minhas habilidades em áreas nas quais não era tão forte. Por exemplo, em “Meant to Be” recebi muita ajuda de minha amiga Howard para gravar meu vocal e me dar confiança para lançar música com minha voz. Bruno Major é um grande amigo que me ajudou muito a crescer como músico também. É importante cercar-se de pessoas que te inspiram e que irão ajudá-lo a crescer como profissional.

3 – A dance music britânica é reconhecidamente uma das mais fortes do mundo. Quais foram as principais fontes que você bebeu para formar seu perfil sonoro até aqui?

Passei alguns anos morando em Liverpool, onde toquei como DJ residente na Chibuku, uma casa noturna. Tocar lá toda semana me expôs a uma grande variedade de músicas undergrounds, tudo do techno ao drum & bass. Isso trouxe a oportunidade de descobrir quais discos e gêneros eu gostava, muitas dessas influências são evidentes na minha música hoje.

4 – Majestic e TheSoundYouNeed são canais independentes do YouTube que deram um importante suporte na sua carreira. Como você enxerga a participação desse formato de mídia no atual cenário musical? Como aconteceu sua entrada para Universal?

Blogs e canais no Youtube como TheSoundYouNeed e Majestic foram tão importantes em dar a minha música uma plataforma desde o início – eles permitiram que música de artistas como eu chegasse aos ouvidos de milhões de assinantes e me deram um grande impulso ao começar. Acho que as maneiras pelas quais as pessoas descobrem música estão mudando constantemente, mas é tão importante que os novos artistas se mantenham atualizados com a tecnologia e reconheçam quando as coisas mudam e as diferentes oportunidades se apresentam.

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5 – Brasil: certamente você sabe que há muita coisa para ser descoberta por aqui. Quais são seus planos para fora dos palcos enquanto estiver no Brasil? Há algo sobre a cultura brasileira que tenha chamado sua atenção recentemente?

Até agora, estou completamente apaixonado pelo Rio! Sai uma noite na Lapa e dancei algumas músicas funk brasileiras por horas. A percussão é tão incrível, quero tentar introduzir nas minhas próprias produções. Quero ver o Cristo Redentor, mas, acima de tudo, quero visitar os passos do clipe de “Beautiful” – Snoop Dogg & Pharrell.

6 – Eu li em algum lugar que Bon Iver e James Blake são algumas de suas principais referências. Além desses nomes, quais outros artistas e movimentos musicais influenciaram a forma como você cria suas músicas?

The Neptunes (Pharrell & Chad Hugo) tem sido uma grande influência na minha música, pois acredito que eles criam trabalhos incríveis no pop. Também tenho comprado muitos discos recentemente, eles têm influenciado bastante nas músicas que tenho feito.

7 – Grandes festivais ou clubs intimistas. Quais desses dois cenários te fornece uma pista mais agradável?

Essa é difícil. Acho que ambos servem diferentes propósitos e há aspectos positivos em ambos. No entanto, se eu tivesse que escolher, acho que a magia de um bom festival não pode ser batida.

8 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

A música representa escapismo para mim – uma fuga das tensões e preocupações da vida, e uma chance de mergulhar em sons que fazem com que tudo na vida pareça bonito

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A música conecta as pessoas! 

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