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A música conecta

Carnaval de gigantes no Green Valley

Por Alan Medeiros em Reviews 07.03.2014

Esse ano, como de costume, o Green Valley apresentou uma agenda impecável para o seu carnaval. Nossa equipe esteve presente em 3 datas, visitamos os dois palcos da casa e vamos contar um pouco como foi.

620929585Ao sábado, fomos conferir o som das irmãs NERVO, com um histórico bem recente de cancelamentos no club e no Dream Valley a expectativa para o show da dupla era grande. A festa era o Green Sunshine, Rodrigo Kost foi escalado para fazer o warm up, a apresentação das australianas estava marcado para as 16 horas. Por conta do belo dia de sol e do horário bem fora do comum para a apresentação de um headline o club demorou a encher, coincidência ou não, elas demoraram a entrar, 2 horas e meia de atraso, bom para presenciarmos a excelente apresentação de Rodrigo Kost, que mais uma vez mostrou que o Deep tem espaço sim no club, ainda mais quando é bem trabalhado. Ao aparecerem no palco, a plateia foi ao delírio, as irmãs iniciaram seu set de maneira pouco comum no club, mixando a track interior, sem deixar o som parar. The way we see the world, hino da Tomorrowland foi a primeira track, seguida de Sweet nothing, pista bombando, a essa altura a casa já registrava bom público. A apresentação do duo foi repleta de simpatia, carisma e surpresas. Não seguiram uma linha mais pop, comum em seus sets, levaram a apresentação mais para o Big Room. No cair da tarde e chegada da noite, destaque para a volta do português Diego Miranda, que foi bem, mas não agradou tanto como das ultimas vezes e o sempre bem vindo curitibano Repow, que depois de sua apresentação no Dream Valley vive uma bela crescente na carreira.

Domingo nos dedicamos mais a pista 2, o lounge recebia os artistas da Infinity Beats. Sets muito bem executados, com destaque para o warm up de Rodrigo Wan-Dall e apresentação dos paulistas do Hot Bullet, o trio é sensação em São Paulo e não pegou uma pista quente e nem cheia no club, mas mostrou e muito porque deve voltar muitas vezes. Abriram com o remix de Shadow Child para AlunaGeorge e passaram por Reverse Skydiving e a top Batman Rave, do integrante Marco Violent. No mainstage, Armin lembrou como a GV chegou ao que é hoje, e foi através do Trance e muito pelas batidas de Armin. Uma noite nostalgica, quem não viveu os primeiros anos de Green Valley pode conhecer um pouquinho do que era a vibe da casa, Armin arrebentou. Quando nos esquecemos do talento que o holandês tem, ele volta e nos surpreende mais uma vez.

559129917Talvez a segunda-feira fosse a noite mais disputada dos 5 dias, casa cheia, lotada, como era de se esperar. Ton Antony fez um bom warm up e se destacou quando remixou Cazuza. Impossível não destacar a apreensão da casa para a entrada de Aoki, que subiu ao palco as 3 e meia e na primeira musica já teve um balde de água fria. O gerador do club sofreu uma queda, palco e som foram desligados e o club ficou em “silêncio” por quase 10 minutos, no começo a pista parecia não se importar mas logo a inquietação tomou conta. Som e luz voltaram, respectivamente. Seria díficil Steve Aoki apagar o acontecido, mas com seu bote, seus bolos e suas champangnes ele conseguiu. Tocou seus hits, fez sua festa e transformou o club numa INCRÍVEL pista de Trap. Uma vibe impressionante.

Agora o Green Valley avisa que no club não existe baixa temporada, já confirmou as esperadas estreias de Martin Garrix, Bingo Players, W&W e a volta de Dirty South. Para quem curte um som alternativo, o club traz Digitaria, Victor Ruiz av Any Mello e Alok. O ano promete ser de noites longas no vale.

Imagens: www.greenvalley.art.br

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