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A música conecta

Dixon comanda uma noite intensa no Warung

Por Alan Medeiros em Reviews 27.04.2015

O dia 18 de Abril marcava a volta de Dixon a Praia Brava. Dessa vez sem seus parceiros do selo Innervisions, que em Julho do ano passado comandaram uma noite brilhante. Se era de se lamentar as ausências de Âme e Henrik Schwarz – além de Recondite, que estava no Brasil e tocaria no Rio de Janeiro em festa da Innervisions – era de se comemorar o fato de Dixon ter mais tempo para sua apresentação no club.

Bom, mas antes de falarmos dos acontecimentos do Inside, vamos aos fatos do Garden. Chegamos relativamente cedo, o que possibilitou acompanhar a construção de set muito interessante de Fran Bortolossi. Numa linha muito próxima da que o gaúcho apresentou seu set na Alaplay, seu som foi muito adequado ao horário. Progrediu com sabedoria numa seleção que passeava entre duas importantes vertentes da House Music. Tracks de deep e tech arranjadas muito bem, um dos pontos altos da noite. Pista entregue para The Magician, que foi o responsável por uma das apresentações mais polêmicas que o Warung já presenciou, sem dúvida alguma. O belga era um dos membros do extinto Aeroplane e tem, tradicionalmente uma leitura muito pop da música eletrônica. E foi nessa linha de “deep house pop” – com alguns nítidos momentos de future house – que ele construiu sua apresentação. Não houve surpresa, esse é o som de The Magician, se combina ou não com a proposta do club, é outra discussão. Em nosso ponto de vista, foi uma aposta da curadoria do club para oferecer uma opção diferente ao que estaria acontecendo no Inside, além de tentar conquistar uma fatia importante de mercado.

tratada12imagecareNa sequência da noite, a dupla querida dos warungers, Conti & Mandy assumiu a pista. Fica fácil falar de uma apresentação onde os artistas claramente se sentiam muito a vontade durante as mais de 3 horas de set. O mais bacana da apresentação foi ver a conexão que estava rolando, do público com a dupla, que como forma de agradecimento estendeu a apresentação após o horário de costume.

De volta aos acontecimentos do Inside. Infelizmente perdemos a apresentação de Gromma, mas de acordo com os relatos de amigos, foi uma experiência muito bacana. O curitibano já tem data para voltar a casa e promete novidades para a data. Davis, residente do Warung e artista com forte identificação ao selo Innervisions tinha a missão de comandar a pista até Dixon assumir. O set de Davis foi uma premissa do que seria apresentação do alemão. Bastante intenso e já com momentos de euforia na pista. O advogado de formação e artista por vocação, fez bom uso de sua experiência para apresentar um set de excelente qualidade técnica e coerente para o que Dixon faria na sequência. E o boss label da Innervisions começou sua apresentação de forma hipnotizante, com vocais encantadores que deram sequência a explosão da track “Cloud generator” do KiNK. O que se viu dai em diante, foi um Dixon “em clima de Time Warp”. Seguiu uma proposta diferente das suas outras apresentações no club. Muito mais intenso e agressivo do que esperávamos, deixou de lado um pouco a identidade clássica de seu selo para conduzir um apresentação que teve como grande base o Techno, melódico em alguns momentos e muito intenso em outros. A aposta de Dixon deu certo, seu set foi eleito por muitos um dos melhores dos últimos anos no club.

Agora as atenções se voltam totalmente ao Diynamic Festival. Da nossa parte dois nomes chamam bastante atenção. O retorno de Stimming e a estreia do duo Kollektiv Turmstrasse. Nos vemos na pista.

A música conecta as pessoas!

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