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A música conecta

Special Series | Jungle 

Por Redação Alataj em Special Series 27.01.2020

Por Bruno Lins

Com os motes a música é o que importa e uma carreira que pode ser definida como profundamente vencedora, a banda indie eletrônica Jungle, dos londrinos Tom MacFarland e Josh Lloyd-Watson, começou em 2013 como um projeto hermético de produção musical que sequer identificava os músicos. Eles faziam um som unindo batidas eletrônicas e uma pegada Funk Soul. Era música pela música. Gostou, gostou.

A brincadeira deu certo e a demanda pelo trabalho dos caras foi imediata. Em 2015 eles já tinham uma banda completa para atender a essa procura, passar pro palco o que eles produziam no laptop e poder, claro, ultrapassar as paredes da garagem e chegar a nada menos que festivais do porte de Glastonbury, Coachella e o Primavera Sound, três dos maiores encontros de música do mundo.

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Se o Jungle de 2013, com seu álbum homônimo, conquistou a Europa através de músicas como Busy Earnin, marcadamente mais eletrônica, menos groovada, já em For Ever, álbum de 2018, veio cativar o mundo todo com suas batidas numa pegada que pode ser descrita como vintage, orgânica e dançante. Um cruzamento de Daft Punk com Jamiroquai se nota nessa evolução da banda, entre outras referências.

A track Happy Man foi o som responsável por essa expansão global. Enquanto no videoclipe de Busy Earnin’ a banda já convidava o público à dança e à experimentação coletiva, com sua coreografia gostosa e seus bailarinos descolados, agora, já mais maduros e conscientes de seu papel na indústria criativa global, já não se valem predominantemente de coreografias fortes, mas de recortes de seus músicos simplesmente a fazerem o que sabem: tocar seus instrumentos, música, com groove, e boa.

Aqui no Brasil também não ficou por menos. Tom e Josh vieram conhecer o país e de quebra tocaram no Loolapalooza São Paulo. De lá pra cá, eles emplacaram os álbuns Jungle e For Ever, ambos pela gigante britânica XL Recordings, retornaram outras vezes, ganharam prêmios e mais recentemente gravaram um Back To Mine – uma série de compilações que só quem tem muita moral pode gravar.

De diferentes formas, mas essencialmente através da música, eles já deixaram sua marca na história e não por menos são capazes de flutuar tão bem entre o eletrônico, indie e pop, gêneros que por vezes proporcionam certo atrito para aqueles que ousam experimentar sem grandes habilidades para fazê-lo. Mas tranquilo, Jungle está acima dessa questão de estilos…

A música conecta.

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