O inesperado e a improvisação são duas das principais chaves que resultam no Ambiq. Formado por Max Loderbauer, Samuel Rohrer e Claudio Puntin, o projeto se tornou referência mundial no assunto música avançada – de verdade. Não se deixe enganar pela ilusório sutilidade de suas apresentações, no fundo, todas elas são donas de um poder surpreendente, capaz de atingir em cheio a alma daqueles que se entregam por completo ao som apresentado.
A experimentação livre composta por um choque explosivo de sintetizadores e instrumentos orgânicos dá o tom da estrutura musical do live act. O perfil maduro e consciente de seus integrantes apenas reafirma o que soa como óbvio: eles estão dispostos a te levar para uma nova e intensa jornada musical. No último dia 14, Claudio, Max e Samuel apresentaram-se na Mothership D-EDGE. Eles aproveitaram a semana no Brasil para falar de forma exclusiva com a Troally. Confira o denso resultado desse bate-papo:
1) Respirar é essencial a todo ser humano. A música de vocês transcende espaço e universo através de melodias e silêncio. Vocês poderiam explicar como esta fusão musical funciona? Como vocês três respiram e criam juntos? Requer muito trabalho preparatório ou sempre é somente algo auto-administrado?
Compreensão musical está baseado em estruturas completamente diferentes como o processo da fala ou explicação. É extremamente mais rápido que falar. Precisa de muita experiência, muitos conhecimento e especialmente muita confiança e liberdade de todos os envolvidos.Assim nossa música transcende. Apenas isto. Não por qualquer outra coisa como sons ou não-sons, espaço ou silêncio. Isso são apenas partes de um livro como as letras e as palavras.
O universo da música é o universo do agora. Isto significa que não está acontecendo no passado ou futuro, sempre e somente acontece agora. Música é o mais claro manifesto do agora, excluindo qualquer processo intelectual. Processos intelectuais são as exigências (conhecimento, habilidades instrumentais, ensaios, ensaios e ensaios) para ser possível fazer música, porem o ato de fabricação da música não é um processo intelectual, é a transcendência de tudo em um agora!
2) Quais estilos musicais vocês se enquadrariam? Faz sentido se limitar a estilos e gêneros particulares?
Estilos são descrições que tentam dividir um estilo musical do outro. Isso não obtêm sucesso e nunca obteve, porem ajuda a atrair o público. Talvez o projeto AMBIQ pode ser intitulado como eletrônico acústico e musica orgânica ambiente.
3) Como o conceito de batidas (e anti-batidas) ajuda a criar novos significados, construindo tensão e novas emoções? Recentemente eu li uma matéria que relacionando o ritmo de suas produções com os números de Fibonacci. Existe alguma relação?
4) Tenho certeza que o publico adoraria saber os top 3 álbuns de todos os tempos para vocês. Seria possível compartilhar conosco essa informação?