Quem pesquisa música sabe: de uma hora pra outra você pode encontrar algo surpreendente, seja no YouTube, no Spotify ou em qualquer outra plataforma, artistas e projetos que impressionam surgem diariamente. Foi assim que descobrimos o quarteto Stavroz, ouvindo algumas tracks sugeridas no Spotify sem muita expectativa.
Nos deparamos com “Talabout” e foi paixão a primeira vista. Algo como a faísca necessária para incendiar um galpão banhado a querosene. O projeto foi formado em 2011, na Bélgica, inicialmente por IJsbrand e Gert. Como outras grandes ideias, Stavroz não começou como algo muito sério. Segundo os próprios fundadores a alcunha serviria apenas como um local para canalizar as palhaçadas musicais que eles produziam. Deu certo!
Evidentemente as coisas foram mais longe do que eles pensavam e o EP The Ginning acabou se tornando um sucesso de crítica na Europa, algo que levou o projeto a diversos países do velho continente. Já com Maxim e Pieter integrando o time, eles resolveram dar uma abordagem mais séria e profissional para os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos, entretanto sem abrir mão do perfil étnico, extrovertido e orgânico pelo qual a música produzida por eles ficou conhecida.
Em pouco mais de 5 anos, eles conseguiram lançamentos por labels de impacto na comunidade, entre elas Delicieuse Records, Bedrock, Laut Und Luise e Echolette, além claro da própria gravadora Moodfamily. Talabout, um dos principais releases do projeto até então, é uma trilha sonora para momentos de glória. Suas faixas são sensíveis, poderosas e autênticas. Elas mostram com um pouco mais de nitidez a forma interessante como os quatro integrantes se relacionam com a música.
Por sinal, esse relacionamento peculiar que os artistas possuem com a dance music é o ponto de partida para um trabalho tão complexo e simples ao mesmo tempo que se torna difícil de descrever. Da mesma forma que as faixas do quarteto são profundas, elas podem ser facilmente compreendidas por qualquer pessoa com o coração aberto. Resumindo: Stavroz é capaz de fazer a gente dançar e pensar de uma forma diferente. Por isso, vale tanto a pena os seguir.
Música de verdade, por gente que faz a diferença!